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Doria diz que cidades com aumentos de mortes voltarão a ter mais restrições

Governador de São Paulo, João Doria (PSDB)  - ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Governador de São Paulo, João Doria (PSDB) Imagem: ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

27/05/2020 18h01

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse hoje que as cidades que estiverem em estágios com flexibilização do isolamento social e tiverem aumento nos casos e mortes por coronavírus voltarão aos patamares mais rígidos da quarentena.

Em entrevista à CNN Brasil, Doria afirmou que o monitoramento será constante para avaliar os números e o avanço da pandemia no estado.

"Se houver riscos e aumentarem casos de óbitos e isso foi constatado, seja pela secretaria municipal de Saúde, seja pelo estado, volta para o estágio restritivo. Isso é feito num prazo de 14 dias. Nós estamos tendo cuidado de não avaliar isso por um ou dois dias, mas essa avaliação será permanente, e é exatamente esse cuidado que nós teremos", afirmou.

Hoje, mais cedo, o governador anunciou um novo período de quarentena para o estado de São Paulo, que será válido entre os dias 1 e 15 de junho. A novidade foi a criação de um sistema de fases de flexibilização do isolamento social para a retomada de atividades econômicas.

A nova fase recebeu o nome de "Retomada Consciente". O protocolo dividiu a retomada das atividades em cinco fases e enquadrou as regiões conforme os parâmetros de saúde.

A forma como o setor econômico poderá abrir varia — normal ou com restrições. Setores que empregam mais, com maior risco de falência e que criam menos risco de transmissão da covid-19 foram priorizados.

A capital paulista foi incluída na chamada fase 2, de liberações eventuais. A medida libera também as atividades de indústria não essencial e de construção civil. Os municípios vizinhos que formam a Grande São Paulo, porém, ainda estão na fase 1, com maiores restrições.

Escolas

Doria também falou sobre a situação das escolas de São Paulo na entrevista à CNN Brasil. O governador afirmou que "não é hora ainda de abrir", e que haverá novidades na próxima semana.

"Teremos uma reunião na semana que vem com o secretário para discutir, mas será a última etapa. Isso em SP, no Brasil e no mundo. Você não vai ver em nenhuma circunstância, em nenhum dos 216 países do mundo, ou pelo menos nos países mais importantes e que estão sendo abordados pela mídia internacional com aberturas de salas de aulas e grandes aglomerações", disse o governador.

"Lembrando que todas as aulas do serviço público estadual de São Paulo estão funcionando de forma virtual, não houve interrupção das aulas, houve um sistema de distanciamento social, mas houve a continuidade do calendário de ensino", concluiu Doria.