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Reino Unido proíbe venda de testes rápidos 'domésticos' para a covid-19

12mar.2020 Enfermeiras do NHS em local de testes do coronavírus no Reino Unido - Christopher Furlong/Getty Images
12mar.2020 Enfermeiras do NHS em local de testes do coronavírus no Reino Unido Imagem: Christopher Furlong/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

27/05/2020 09h29Atualizada em 27/05/2020 11h28

A Autoridade Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido entrou em contato com fornecedores privados e laboratórios e pediu para as empresas interromperem a fabricação e análise dos testes rápidos "domésticos" para o coronavírus. A medida é para avaliar melhor se os testes feitos em casa têm a mesma eficácia dos realizados em hospitais.

Atualmente, quem compra os testes rápidos domésticos precisa "picar" o próprio dedo e tirar o sangue para a remessa ser enviada ao laboratório e testada para o novo coronavírus. Agora, as autoridades estão questionando se uma amostra feita em casa teria o resultado tão preciso quanto o realizado dentro de uma clínica.

Alguns kits de testagem são fabricados pela empresa Abbot e foram aprovados pela PHE (Saúde Pública da Inglaterra, em português), agência executiva do Departamento de Saúde do Reino Unido, para o uso em profissionais de saúde da linha de frente no combate à covid-19 do NHS, sistema público de saúde britânico. A PHE também aprovou o teste de anticorpos, a partir da picada no dedo, feito pela empresa Roche.

Segundo o jornal The Guardian, na semana passada, o professor John Newton, do PHE, questionou a qualidade e precisão de testes domiciliares durante o comitê de seleção de ciência e tecnologia dos parlamentares.

"No momento, não recomendamos que as pessoas confiem nos testes que estão se tornando amplamente disponíveis. Meu conselho seria esperar até que tenhamos melhores testes que estarão disponíveis de forma semelhante muito em breve, embora ainda estejam em avaliação no momento", afirmou Newton.

Segundo a contagem da Universidade Johns Hopkins, até o momento, o Reino Unido registrou 266.602 casos oficiais e 37.130 mortes em decorrência da covid-19.