OMS diz que jovens começaram a fumar mais durante pandemia do coronavírus
A OMS (Organização Mundial de Saúde) está preocupada com o crescimento do tabagismo entre as novas gerações. Como parte das ações do Dia Mundial sem Tabaco, a ser comemorado neste domingo, a organização disse que identificou um aumento no consumo do cigarro entre os mais jovens associado à pandemia do coronavírus.
O motivo para o aumento seria o foco da indústria do tabagismo em campanhas publicitárias voltadas para o público adolescente. Segundo a OMS, atualmente o mundo tem cerca de 40 milhões de novos jovens fumantes entre 13 e 15 anos. Isso é perigoso porque o vício pode prejudicar a reação do organismo à covid-19.
"Fizemos grandes avanços, mas também tivemos alguns reveses. Se não tomarmos cuidado, podemos perder terreno no controle do tabaco à medida que a indústria persiste e tenta atrair uma nova geração para os seus produtos", disse Ruediger Krech, diretor de promoção à saúde da OMS.
O diretor acrescentou que, por outro lado, a procura por programas que ajudam as pessoas a pararem de fumar tem aumentado na pandemia. Entre os países que tiveram aumento estão México, Índia, China e Indonésia, além de partes da Europa central e leste europeu.
"Vemos centenas de milhares de fumantes querendo parar de fumar durante a crise. Há uma enorme demanda para os programas de controle do tabagismo e isso nos leva a apoiar as pessoas a pararem de fumar", afirmou Krech.
A organização aponta como maior vilão o cigarro eletrônico, que é proibido no Brasil mas mesmo assim costuma ser encontrado à venda na internet. Segundo a OMS, o novo método de tabagismo tem apelo maior entre o público jovem e tem tido grande investimento em publicidade.
Para tentar conter o avanço dos cigarros eletrônicos entre os jovens, a OMS vai lançar um kit com alertas sobre como a indústria usa táticas para atrair novos consumidores.
"O kit expõe táticas, como festas e shows promovidos pela indústria do tabaco e relacionadas, cigarros eletrônicos com sabores que atraem jovens como chicletes e doces, cigarros eletrônicos nas escolas e a presença de produtos de tabaco em programas de streaming populares entre jovens" disse Vinayak Prasad, coordenadora do programa antitabagismo da OMS.
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