Bahia culpa Ministério da Saúde por 'sumiço' de 213 mortes por covid-19

A Secretaria de Saúde da Bahia responsabilizou o Ministério da Saúde pelo erro na contabilização de mortes pelo novo coronavírus. Ontem, em meio à crise instaurada pela sonegação de dados do coronavírus por parte do governo federal, a pasta fez uma correção no número de mortos excluindo o registro de 857 vítimas.

Hoje, o ministério reiterou os erros e culpabilizou nominalmente os estados do Ceará e de Roraima por parte dos equívocos.

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O estado da Bahia, e outros estados que tiveram seus números alterados, não foram citados na errata produzida pelo ministério. Contatada pela reportagem do UOL, a secretaria de Saúde daquele estado afirmou que a responsabilidade pelo erro é do ministério, e que os números consolidados foram divulgados horas antes do documento da pasta federal ser disponibilizado.

Em nota, o ministério afirmou hoje que "corrigiu duplicações e atualizou os dados divulgados sobre casos e óbitos pela covid-19 no último domingo", citando especificamente os casos de Roraima e Ceará. Segundo a pasta, o governo de Roraima publicou em um primeiro momento o registro de 762 mortes.

Depois, "após verificação do Ministério", o número foi consolidado em 142 mortes. A secretaria de Saúde de Roraima, no entanto, registra 145 vítimas, número diferente do ministério.

Já no Ceará, o suposto erro foi no número de casos confirmados naquele estado, que passou de 62.303 para 64.271 após atualização.

Apesar da errata e dos números corrigidos, o ministério não informou diretamente o porquê da exclusão de outras 237 mortes. Houve acréscimos e subtrações em alguns estados, sem explicar qual a razão das mudanças.

Em nota, a secretaria de Saúde de Roraima "informa que de acordo com os dados atualizados do SIM (Sistema de Informações de Mortalidade) 145 pessoas foram a óbito por Coronavírus em Roraima, até a noite do dia 7 de junho"

"Quanto aos dados do Ministério da Saúde, que apontavam 726 mortos no Estado de Roraima, o próprio Ministério, em suas redes sociais, retificou os dados por erro de digitação", diz o texto.

A reportagem tenta contato com o ministério da Saúde e seu posicionamento, se enviado, será acrescentado ao texto.