São Paulo admite baixo estoque de sedativos para intubação de pacientes
O governo de São Paulo admitiu hoje o baixo estoque dos sedativos utilizados para intubação de pacientes no estado. De acordo com o secretário de saúde, José Henrique Germann, os hospitais da rede estadual têm estoque suficiente, mas o problema é a rede toda, porque a indústria não acompanhou o aumento no número de pacientes de covid-19.
Segundo Germann, a compra é centralizada pelo Ministério da Saúde, mas o estado passou a adquirir os sedativos.
"É uma luta para estar à frente de um nível de estoque que seja suficiente para os hospitais próprios da secretaria. Privilegiamos os hospitais próprios", disse o secretário em entrevista coletiva concedida no Palácio dos Bandeirantes.
De acordo com o governador João Doria (PSDB), a deficiência é pontual e "muito pequena". Ele também disse que uma solicitação foi feita ao Ministério da Saúde para que os medicamentos sejam fornecidos aos estados.
"Já solicitamos ao ministério para que os medicamentos sejam fornecidos para São Paulo. Há uma manifestação do fórum de governadores para que isso ocorra nacionalmente. A deficiência pontual é muito pequena, mas eu sei que em outros estados a situação é muito mais grave", afirmou.
O aumento no uso de sedativos durante a pandemia é uma consequência dos casos graves. Anestésicos são ministrados em pacientes que precisam ser intubados, porque é preciso estar medicado para que o corpo permita que o respirador seja acoplado.
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