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Brasil já soma 57.103 mortes por covid e 1,3 mi infectados, diz consórcio

27.jun.2020 - Pedestres passam pela região do Saara, centro de comércio popular no Rio de Janeiro, no primeiro dia de reabertura oficial das lojas de rua da cidade Imagem: Dikran Junior/Agif - Agência de Fotografia/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

27/06/2020 18h54Atualizada em 27/06/2020 20h51

O novo coronavírus já matou, desde o início da pandemia, 57.103 brasileiros, confirma hoje o consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte. Segundo dados dos estados, 994 óbitos foram confirmados entre ontem e hoje. O número é levemente superior ao divulgado no início da noite pelo Ministério da Saúde, que contabiliza 57.070 óbitos, sendo que 1.109 foram incluídos no balanço oficial nas últimas 24 horas.

No total, os dados das secretarias de estado confirmam 1.315.941 pessoas contaminadas — com 35.887 confirmações nas últimas 24 horas. Já no balanço do governo federal, são 1.313.667 brasileiros infectados, sendo que 38.693 casos foram confirmados entre ontem e hoje.

Ainda de acordo com o governo federal, desse total de contaminados, 715.905 (54,5%) já estão curados e 540.692 (42,2%) estão sob investigação.

Hoje, a pasta atualizou ainda a cronologia da pandemia no país, confirmando que a primeira morte ocorreu, na verdade, em 12 de março, três dias antes do que se informava até então.

7,9 mil novos casos na Bahia

O levantamento em conjunto feito pelos veículos de imprensa leva em consideração os boletins epidemiológicos informados pelas secretarias estaduais de saúde. Hoje, o governo de Rondônia informou que, devido a problemas técnicos, não foi possível a confecção do boletim diário.

O Espírito Santo também não envio os dados até o fechamento da apuração, às 20h.

"O sistema e-SUS não permitiu exportação de dados que dão suporte à elaboração de material informativo e relatórios técnicos acerca da Covid-19. Por essa razão, neste sábado (27), não foi possível a confecção do Boletim diário sobre coronavírus em Rondônia", diz a nota.

Já a Bahia informou que, apesar de ter registrado 884 novos casos nas últimas 24 horas, o órgão contabilizou mais 7.938 casos que não tinham sido validados pelas secretarias municipais. De acordo com a secretaria, a validação desses casos foi uma decisão da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) de não aguardar mais a validação dos municípios, que estava demorando demasiado, com casos acumulados por mais de 30 dias, constando apenas como "notificados".

A pandemia nos estados

Liderada por São Paulo (14.263 óbitos) e pelo Rio de Janeiro (9.789), a região Sudeste concentra o maior número de mortes no total (46%), seguida pela Nordeste (32%). O Ceará (5.987) a unidade da federação mais atingida naquela região.

Após três meses de restrições, o comércio de rua do município do Rio de Janeiro voltou a abrir as portas a partir de hoje, das 11h às 17h, sob autorização do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos-RJ). Segundo estado com o maior número de mortes no país, o Rio contabiliza hoje 108.802 diagnósticos.

Em números, o Rio perde apenas para São Paulo, que já tem 265.581 diagnosticados desde o início da pandemia. Ontem, o governador João Doria (PSDB) anunciou nova classificação para os municípios do estado em relação às medidas restritivas. Enquanto a capital passa a fazer parte da fase amarela, cidades do interior foram reclassificadas para a vermelha, onde só podem funcionar os serviços essenciais.

Mais uma vez, o governo Doria enfrenta conflitos com municípios: prefeito de São Roque, Claudio Góes (PSDB) declarou que irá ignorar o anúncio estadual e não tomará medidas mais restritivas na cidade.

Parceria por vacinas

Pela manhã, o ministério anunciou uma parceria com a farmacêutica britânica AstraZeneca e a Universidade Oxford, no Reino Unido, para o desenvolvimento e produção de vacinas contra a covid-19. No Brasil, a tecnologia será desenvolvida pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), fundação do Ministério da Saúde.

Se demonstrada eficácia, serão 100 milhões de doses à disposição da população brasileira.

Segundo o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Arnaldo Correia de Medeiros, caso não se mostre eficaz, o país ainda será beneficiado, já que terá acesso aos insumos, que poderão ser utilizados na produção nacional de vacinas. "Eles poderão ajudar na fabricação de outras vacinas do nosso parque tecnológico. Esse é o grande 'lance'. Iremos aprender uma transferência de tecnologia de uma vacina que sera efetivamente produzida em nosso território. Parte desse dinheiro é exatamente para fazer melhoria do parque tecnológico de Biomanguinhos, o laboratório da Fiocruz".

Alta inédita de casos

Brasil e Estados Unidos, que lideram os rankings de casos do novo coronavírus no mundo, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, alavancaram uma alta mundial inédita ontem no total de pessoas que tiveram diagnóstico confirmado em um dia. Foram mais de 191 mil novas infecções detectadas, maior número atingido desde o início da pandemia.

Em termos consolidados, 9,8 milhões de pessoas estão contaminadas com a covid-19 no mundo, com pouco mais de 495 mil mortes. Depois de EUA e Brasil, Índia, Rússia e Reino Unido seguem no ranking como os países com mais casos.

Nos EUA, foram cerca de 45 mil — número também inédito — novos casos registrados em todo o país. Flórida, Texas, Califórnia e Arizona são responsáveis por quase metade das novas infecções. Hoje, há quase 2,5 milhões de pessoas contaminadas com a covid-19 no país norte-americano. Ontem, o número total de mortes subiu para 124.978, com 574 registradas no dia.

Veículos se unem em prol da informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro (sem partido) de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa desde a semana passada e assim buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes recentes de autoridades e do próprio presidente colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

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