SP é autorizada a abrir bares e restaurantes e estuda reabertura no dia 6
O governo de São Paulo anunciou hoje que a capital paulista poderá permitir a reabertura de bares, restaurantes e salões de beleza a partir da próxima segunda-feira. O prefeito da cidade, Bruno Covas (PSDB), porém, recebeu uma recomendação do comitê de saúde e disse vai esperar até sexta-feira da próxima semana para avaliar se colocará a medida em prática no dia 6 de julho, uma segunda-feira.
"O município vai acatar essa solicitação do Centro de Contingência [de coronavírus]. Durante a semana que entra, [a prefeitura] vai dialogar com setores que agora podem voltar a funcionar na fase 3 [bares, restaurantes, salões de beleza e barbearias]. Se tudo der certo, [vamos] assinar os protocolos para que possam aguardar os resultados na sexta-feira da semana que vem", disse Covas.
Quando puderem reabrir, os estabelecimentos deverão funcionar durante seis horas seguidas e com limitação de 40% da capacidade total de clientes.
A prudência existe porque o Centro de Contingência emitiu uma nota técnica pedindo mais tempo para ter certeza da progressão do controle da pandemia de covid-19 na cidade, que tem 6.792 mortes causadas pela doença e 142.750 casos de infectados confirmados. A possibilidade existe porque São Paulo avançou para a fase 3 (amarela) do plano de reabertura da economia.
Mantida a fase amarela e com o protocolo assinado, bares restaurantes, salões de beleza e barbearia voltarão a funcionar no dia 6. Mas as regras específicas ainda estão sendo finalizadas pela vigilância sanitária
Bruno Covas, prefeito de SP
Quarentena é prorrogada até 14 de julho no estado
Além do enquadramento da cidade São Paulo, o governo do Estado inclui nove regiões do interior na fase vermelha, quando podem funcionar somente serviços essenciais. Os locais que estão nesta fase são Araçatuba, Registro, Sorocaba, Bauru, Marília, Presidente Prudente, Franca, Ribeirão Preto e Piracicaba.
A capital não é a única área a ser promovida para fase amarela. A sub-região sudeste da região metropolitana de São Paulo e sub-região sudoeste da Região Metropolitana de São Paulo também avançaram. O governador João Doria (PSDB) também prorrogou a quarentena até 14 de julho.
A reabertura ainda depende da aprovação dos protocolos apresentados pelos setores à vigilância sanitária. Entidades representativas já entregaram suas propostas à comissão de saúde e fizeram uma reunião ontem.
Shoppings e comércio também ampliam funcionamento
De acordo com a nova classificação, os shoppings e outros comércios que já estavam abertos desde o dia 11 de junho, mas com mais restrições, passam de 4 para 6 horas de funcionamento e de 20% para 40% da capacidade.
O Plano São Paulo, criado pelo governo estadual, dividiu o estado em 22 regiões e leva em conta cinco índices para definir quais localidades podem avançar na flexibilização: números de casos de covid-19, internações, mortes, taxa de ocupação de UTI e a quantidade existente de leitos para cada 100 mil habitantes.
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Queda no número de internações colabora para flexibilização na capital
O avanço de São Paulo para a próxima fase do programa de retomada da economia era esperado, e o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido disse ao longo da semana que os cinco critérios estavam contemplados. Ele declarou também que o número de casos na capital está estável desde 1º de junho.
Aparecido afirmou ainda que a reabertura de shoppings e do comércio de rua não causou um repique de covid-19. Este era um dos temores das autoridades municipais.
Em todo o estado, porém, o registro de novas mortes pela covid-19 confirmadas em 24 horas bateu recorde nesta semana, com 434 óbitos na terça — ontem foram 407.
Hoje o governo informou que o estado de São Paulo chegou a 13.966 morte causada pela doença, um aumento de 207 óbitos em relação à véspera. Já o número de infectados subiu para 258.508. Segundo o anúncio feito pelo secretário estadual de Saúde, José Henrique Germann, são 9.921 diagnósticos a mais que os anunciados ontem (25).
Reabertura na capital era esperada por Bruno Covas
O prefeito da capital, Bruno Covas (PSDB), já havia dito que esperava o avanço da capital para a terceira fase do plano. Na última quarta-feira, o político tucano disse que sabia a dificuldade que o setor de restaurantes passou durante a pandemia.
"Na sexta-feira, o governo deve apresentar uma nova reclassificação das regiões. A expectativa é de que a cidade entre na fase 3, amarela, o que permite a reabertura por seis horas por dia dos restaurantes. Claro que [eles] nunca deixaram de funcionar (...) Sabemos a dificuldade desse setor. A perspectiva é que eles voltem à atividade", afirmou.
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