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Rio, Ceará e Maranhão correm risco de segunda onda da covid, alerta Fiocruz

Bandeira de "alto risco" em praia do Rio de Janeiro durante pandemia do novo coronavírus - Bruna Prado/Getty Images
Bandeira de "alto risco" em praia do Rio de Janeiro durante pandemia do novo coronavírus Imagem: Bruna Prado/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

31/07/2020 18h39

O Boletim InfoGripe, produzido e divulgado hoje pela Fiocruz, alerta para o risco de uma segunda onda de contágio do novo coronavírus nos estados de Rio de Janeiro, Ceará e Maranhão. O estudo se baseia em dados compilados até 28 de julho, referentes à semana epidemiológica 30 (que foi de 19 a 25 de julho).

No caso de Rio e Maranhão, a avaliação é a seguinte: "Manutenção do sinal de retomada de crescimento, após período de queda (possível 'segunda onda'). Ocorrência de casos muito alta. Capital vive sinal de possível retomada do crescimento". Vale ressaltar que o "crescimento" citado é do número de novos casos, ou seja, uma piora no controle do vírus.

A situação do Ceará é um pouco melhor, embora a Fiocruz também cite a possibilidade de uma segunda onda no estado; há ocorrência de casos "muito alta" e "possível segunda onda", mas a capital Fortaleza tem "sinal de estabilização com possível retomada de crescimento lento".

"Fortaleza apresenta sinal de estabilização, com sinal fraco de possível retomada do crescimento. Como sinalizado nos boletins anteriores, a situação nas regiões e estados do país é bastante heterogênea. Portanto, o dado nacional não é um bom indicador para definição de ações locais", explicou o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

Os estados com tendência de queda são Paraíba, Minas Gerais e Distrito Federal, mas o especialista avisa que esta análise precisará ser confirmada pelos próximos boletins. "Em Minas Gerais e Distrito Federal, o sinal [de queda do vírus] ainda é fraco", disse ele.

Marcelo Gomes deixa claro que estes dados devem ser analisados em conjunto com outros indicadores de saúde relevantes, como a taxa de ocupação de leitos nos estados e cidades com maior taxa do vírus, já que as regiões diferem em estrutura.