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Preocupação por reinfecção 'não tem sentido', diz governo de São Paulo

Movimento intenso de pessoas no Centro da capital paulista, após flexibilização das medidas de isolamento social - FERNANDA LUZ/ESTADÃO CONTEÚDO
Movimento intenso de pessoas no Centro da capital paulista, após flexibilização das medidas de isolamento social Imagem: FERNANDA LUZ/ESTADÃO CONTEÚDO

Lucas Borges Teixeira e Rafael Bragança

Do UOL, em São Paulo

26/08/2020 13h23

O coordenador do Centro de Contingência da covid-19 de São Paulo, José Medina, disse que, por ser isolado, a "preocupação" sobre possíveis casos de reinfecção pelo coronavírus ainda "não tem sentido". De acordo com o nefrologista, o caso anunciado em Hong Kong na segunda-feira (24) não é relevante epidemiologicamente.

"Isso tem trazido alguma preocupação, e minha proposta é tranquilizar porque não tem muito sentido. É normal ter modificação viral como essa, inclusive no Brasil", afirmou Medina. "Não tem importância do ponto de vista epidemiológico nem de saúde porque é um caso."

Outro fator observado pelo Coordenador do Centro de Contingência no caso de Hong Kong é que o paciente, identificado em um teste de aeroporto, portava o vírus, mas não a doença. "Ele levava o corpo do vírus, mas estava assintomático. Não é um vírus novo que está causando a mesma doença", argumentou.

"Como outros que já tiveram, este é um caso de se observar para entender melhor o fluxo da doença, como ela vai se comportar no futuro, se ele vai desaparecer, se vai ser um vírus cíclico, ou se vai manter a atividade durante alguns anos ou não. Mas não para se preocupar com reinfecção. Quanto a isso, está tranquilo", concluiu o médico.

Ainda assim, o governo paulista salienta que mesmo as pessoas que já tiveram a doença devem continuar a usar máscara e a respeitar as medidas de distanciamento social.