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Rio: Ocupação de leitos de UTI segue em alta e atinge 87% na rede municipal

Praia de Ipanema registra aglomeração em domingo com mais de 33 graus no Rio de Janeiro - DANIEL RESENDE/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Praia de Ipanema registra aglomeração em domingo com mais de 33 graus no Rio de Janeiro Imagem: DANIEL RESENDE/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

28/09/2020 10h56

O primeiro final de semana da primavera no Rio de Janeiro foi mais uma vez de praias lotadas e cenas de aglomerações que pouco lembram o estado de pandemia pelo novo coronavírus. Neste contexto, a capital também vê um aumento contínuo na ocupação de leitos de UTI dedicados a pacientes com covid-19. Ontem, essa taxa chegou a 87,2%.

Segundo dados da Secretaria de Saúde do Rio, a cidade tem atualmente 251 leitos de UTI da rede municipal para a covid-19. Destes, 219 já estão ocupados, em uma tendência de alta que vem se registrando há mais de uma semana. Incluindo leitos estaduais e federais, a taxa é um pouco menor, de 80%, mas ainda assim preocupante.

De acordo com os indicadores do plano de retomada da cidade, a média móvel dos últimos sete dias da ocupação de leitos de UTI, atualizada até ontem, está em 84%. O número é mais do que dez pontos percentuais superior ao que foi registrado em 31 de agosto, de 73,4%, quando a Prefeitura do Rio avaliou a progressão de fase no plano.

O aumento no número de casos e mortes no último mês também pode ser comprovado pelos dados. O painel da Prefeitura mostra uma média de 404 casos confirmados e 42 mortes diárias nos últimos 30 dias, contra 494 casos e 52 mortes nas últimas duas semanas. Só nas últimas 24 horas, foram registrados 2.114 novos casos de contaminações e 15 mortes.

Na última sexta-feira (28), o Rio ultrapassou 100.000 casos de covid-19 e agora já registra 102.246 contaminações. As mortes causadas pelo coronavírus na cidade são 10.849 segundo os dados mais recentes da Saúde.

Mesmo com a proibição para permanência na faixa de areia das praias, a cidade segue tendo aglomerações nos finais de semana desde o início de setembro. Com a redução significativa do isolamento social, era esperada uma pressão maior sobre o sistema de saúde, que vem se confirmando nas últimas semanas.

Prefeitura diz que não há espera

Na atualização dos dados de ocupação de leitos, a Prefeitura do Rio disse em nota que por enquanto "não há fila de espera, pois há leitos para todos os pacientes inseridos no sistema de regulação."

A administração do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) alega que "está realizando atualmente a maioria absoluta dos atendimentos de covid-19, visto que hospitais do estado e da iniciativa privada fecharam leitos dedicados ao tratamento da doença."

A gestão municipal também lembrou que mantém o único hospital de campanha da cidade, no Riocentro, depois que as duas unidades mantidas pelo estado, no Maracanã e São Gonçalo, foram esvaziadas ainda em meados de julho.