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Doria determina pente fino em contratos com OSs após operação do MP

"Não vamos tolerar que o estado seja vítima de inescrupulosos", disse João Doria (PSDB) em publicação no Twitter - Antonio Molina/Zimel Press/Estadão Conteúdo
"Não vamos tolerar que o estado seja vítima de inescrupulosos", disse João Doria (PSDB) em publicação no Twitter Imagem: Antonio Molina/Zimel Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

29/09/2020 10h58

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse hoje em seu perfil no Twitter que determinou que o secretário de Saúde de SP, Jean Gorinchteyn, realize "um pente fino para apurar contratos com organizações sociais" após o estado ser alvo de uma operação do MP (Ministério Público) e da Polícia Civil na manhã de hoje.

"Não vamos tolerar que o estado seja vítima de inescrupulosos", disse o governador tucano na publicação. O MP e a Polícia Civil deflagraram hoje a operação Raio X, que apura "indícios de esquema de desvio de verba pública por meio da celebração de contratos de gestão entre organizações sociais e o poder público", segundo a promotoria.

Em nota, a Secretaria de Saúde SP disse que "já está colaborando com a Polícia e o Ministério Público nas investigações". "Todas as informações necessárias para esclarecer as suspeitas das quais a Pasta é vítima estão à disposição dos órgãos competentes", afirmou.

A pasta disse que "fará um pente-fino em todos os contratos e convênios" firmados com as OSS (Organizações Sociais de Saúde) citadas nas investigações "e, se detectada qualquer irregularidade, realizará o rompimento dos mesmos".

A operação do MP e da Polícia Civil em São Paulo ocorre ao mesmo tempo que uma operação da PF (Polícia Federal) no Pará que coloca na mira o governador do estado, Helder Barbalho (MDB).

A ação, batizada de S.O.S, apura possíveis irregularidades na contratação, por parte do governo paraense, de organizações sociais para gestão de unidades hospitalares, além de hospitais de campanha para a pandemia do novo coronavírus.

Segundo a CGU (Controladoria-Geral da União), a PF constatou que as mesmas organizações sociais que estavam sendo investigadas no Pará já estavam sendo monitoradas pela Polícia Civil de São Paulo há cerca de dois anos.