Com 276 mortes por covid-19 em 24 h, Brasil tem menor média desde abril
Com 276 óbitos por covid-19 registrados nas últimas 24h, o Brasil registrou a menor média móvel de mortes pela doença desde o final de abril. Foram 367 mortes por dia na última semana, de acordo com os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
Este é o menor índice desde o dia 28 de abril, quando o país registrou média de 331 óbitos. Com isso, o Brasil segue em mais um dia de queda nas mortes, com oscilação de -30% na comparação dos últimos 14 dias. No total, o país chegou a 160.548 mortes causadas pelo coronavírus. Já o número de infectados desde o início da pandemia subiu para 5.567.126, com 13.748 novos casos confirmados.
No mundo, apenas os Estados Unidos confirmaram mais mortes pela covid-19 que o Brasil — 232.040, de acordo com balanço da Universidade Johns Hopkins. Em casos, o país é o terceiro, atrás de EUA (9,3 milhões) e Índia (8,2 milhões).
Números da Saúde
Os dados do Ministério da Saúde, por sua vez, registraram 243 mortes de ontem para hoje, totalizando 160.496 óbitos causados pela covid-19. O número de novos casos foi de 11.843, elevando o total de infectados no Brasil para 5.566.049 desde o início da pandemia.
O governo federal ainda contabiliza 5.028.216 recuperados da doença. Outros 377.337 pacientes seguem em acompanhamento.
Média móvel de mortes, por estado
Entre os estados, só Santa Catarina (+38%) e Piauí (+20%) apresentaram aceleração na média móvel de mortes em comparação com a média com 14 dias atrás. Dezesseis estados e o Distrito Federal tiveram queda ao passo que outros oito se mantiveram estáveis no mesmo período.
Todas as regiões apresentaram queda na variação de 14 dias: Centro-Oeste (-36%), Nordeste (-20%), Norte (-24%), Sudeste (-35%) e Sul (-25%). O Brasil também seguiu em mais um dia de queda, com oscilação de -30%.
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (-11%)
- Minas Gerais: queda (-32%)
- Rio de Janeiro: queda (-29%)
- São Paulo: queda (-42%)
Região Norte
- Acre: queda (-17%)
- Amazonas: estável (-8%)
- Amapá: estável (0%)
- Pará: estável (13%)
- Rondônia: queda (-33%)
- Roraima: queda (-85%)
- Tocantins: queda (-74%)
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-17%)
- Bahia: estável (1%)
- Ceará: queda (-29%)
- Maranhão: estável (5%)
- Paraíba: queda (-21%)
- Pernambuco: queda (-16%)
- Piauí: em aceleração (20%)
- Rio Grande do Norte: em queda (-85%)
- Sergipe: estável (3%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-45%)
- Goiás: queda (-38%)
- Mato Grosso: queda (-30%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-15%)
Região Sul
- Paraná: queda (-40%)
- Rio Grande do Sul: queda (-27%)
- Santa Catarina: em aceleração (38%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro (sem partido) de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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