Topo

Esse conteúdo é antigo

Com 276 mortes por covid-19 em 24 h, Brasil tem menor média desde abril

Ettore Chiereguini/AGIF/Estadão Conteúdo
Imagem: Ettore Chiereguini/AGIF/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

03/11/2020 18h29Atualizada em 03/11/2020 20h37

Com 276 óbitos por covid-19 registrados nas últimas 24h, o Brasil registrou a menor média móvel de mortes pela doença desde o final de abril. Foram 367 mortes por dia na última semana, de acordo com os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.

Este é o menor índice desde o dia 28 de abril, quando o país registrou média de 331 óbitos. Com isso, o Brasil segue em mais um dia de queda nas mortes, com oscilação de -30% na comparação dos últimos 14 dias. No total, o país chegou a 160.548 mortes causadas pelo coronavírus. Já o número de infectados desde o início da pandemia subiu para 5.567.126, com 13.748 novos casos confirmados.

No mundo, apenas os Estados Unidos confirmaram mais mortes pela covid-19 que o Brasil — 232.040, de acordo com balanço da Universidade Johns Hopkins. Em casos, o país é o terceiro, atrás de EUA (9,3 milhões) e Índia (8,2 milhões).

Números da Saúde

Os dados do Ministério da Saúde, por sua vez, registraram 243 mortes de ontem para hoje, totalizando 160.496 óbitos causados pela covid-19. O número de novos casos foi de 11.843, elevando o total de infectados no Brasil para 5.566.049 desde o início da pandemia.

O governo federal ainda contabiliza 5.028.216 recuperados da doença. Outros 377.337 pacientes seguem em acompanhamento.

Média móvel de mortes, por estado

Entre os estados, só Santa Catarina (+38%) e Piauí (+20%) apresentaram aceleração na média móvel de mortes em comparação com a média com 14 dias atrás. Dezesseis estados e o Distrito Federal tiveram queda ao passo que outros oito se mantiveram estáveis no mesmo período.

Todas as regiões apresentaram queda na variação de 14 dias: Centro-Oeste (-36%), Nordeste (-20%), Norte (-24%), Sudeste (-35%) e Sul (-25%). O Brasil também seguiu em mais um dia de queda, com oscilação de -30%.

Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.

O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: estável (-11%)

  • Minas Gerais: queda (-32%)

  • Rio de Janeiro: queda (-29%)

  • São Paulo: queda (-42%)

Região Norte

  • Acre: queda (-17%)

  • Amazonas: estável (-8%)

  • Amapá: estável (0%)

  • Pará: estável (13%)

  • Rondônia: queda (-33%)

  • Roraima: queda (-85%)

  • Tocantins: queda (-74%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-17%)

  • Bahia: estável (1%)

  • Ceará: queda (-29%)

  • Maranhão: estável (5%)

  • Paraíba: queda (-21%)

  • Pernambuco: queda (-16%)

  • Piauí: em aceleração (20%)
  • Rio Grande do Norte: em queda (-85%)

  • Sergipe: estável (3%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-45%)

  • Goiás: queda (-38%)

  • Mato Grosso: queda (-30%)

  • Mato Grosso do Sul: queda (-15%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-40%)

  • Rio Grande do Sul: queda (-27%)

  • Santa Catarina: em aceleração (38%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro (sem partido) de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.