Com dados incompletos em 4 estados, Brasil tem 264 mortes por covid em 24 h
Com 264 óbitos por covid-19 registrados nas últimas 24h, o Brasil registrou mais um dia de queda na média de mortes nesta segunda-feira (9): -24% na variação de 14 dias atrás. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
Quatro estados, no entanto, não divulgaram seus números hoje. Há alguns dias o país vem tendo problemas com a divulgação de dados da covid-19, desde que a pasta teve seus sistemas invadidos.
Amapá, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo foram os estados que tiveram problemas para divulgar dados hoje. O primeiro, por conta do apagão que o estado enfrenta desde a semana passada e não há previsão de retorno da divulgação de dados. Os outros três relatam problemas para a inserção de informações na plataforma e-SUS.
Em comunicado divulgado nesta segunda-feira, o órgão afirmou que "ainda está em processo de estabilização da rede". A plataforma online está sem atualizações desde o último dia 4.
Ao todo, o país já registra 162.638 óbitos pela doença. Houve 15.211 novos casos da doença de ontem para hoje em todo o país. Desde o começo da pandemia, foram registrados 5.675.766 diagnósticos positivos para o novo coronavírus no Brasil.
Dados da Saúde
Segundo o Ministério da Saúde nesta segunda-feira, o Brasil registrou 231 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, o número de óbitos provocados pela doença chegou a 162.628.
O governo federal informa que houve 10.917 novos casos de covid-19 de ontem para hoje em todo o país, atingindo um total de 5.675.032 diagnósticos positivos para o novo coronavírus desde o começo da pandemia.
Quatro estados em aceleração
Entre as regiões, o Sul foi a única que voltou a apresentar alta (30%). Já Centro-Oeste (-33%), Norte (-28%) e Sudeste (-41%) tiveram queda na variação da média móvel de mortes. O Nordeste manteve estabilidade (-9%).
Treze estados e o Distrito Federal apresentaram queda na variação, ao passo que quatro tiveram aceleração: Pernambuco (46%), Paraná (84%), Rio Grande do Norte (73%) e Santa Catarina (50%). Seis estados mantiveram estabilidade.
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (-3%)
- Minas Gerais: queda (-49%) *O estado não divulgou dados de mortos até às 20h de hoje
- Rio de Janeiro: queda (-41%) *O estado não divulgou dados de mortos até às 20h de hoje
- São Paulo: queda (-42%) *O estado não divulgou dados de mortos até às 20h de hoje
Região Norte
- Acre: estável (0%)
- Amazonas: queda (-31%)
- Amapá: queda (-31%) *O estado não divulga dados desde 4/11
- Pará: estável (-14%)
- Rondônia: estável (11%)
- Roraima: queda (-40%)
- Tocantins: queda (-50%)
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-18%)
- Bahia: estável (-3%)
- Ceará: queda (-53%)
- Maranhão: estável (-8%)
- Paraíba: estável (-13%)
- Pernambuco: em aceleração (46%)
- Piauí: estável (-7%)
- Rio Grande do Norte: em aceleração (73%)
- Sergipe: queda (-31%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-18%)
- Goiás: queda (-38%)
- Mato Grosso: queda (-18%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-54%)
Região Sul
- Paraná: em aceleração (84%)
- Rio Grande do Sul: estável (-10%)
- Santa Catarina: em aceleração (50%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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