Com dados incompletos de SP e PR, Brasil tem 523 mortes por covid em 24 h

Novamente com dados dos estados incompletos, o Brasil registrou 523 novas mortes por covid-19 nesta sexta-feira (13). São Paulo e Paraná relataram problemas para inserir informações sobre os óbitos hoje. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.

Ao todo, o país já soma 164.855 mortes por causa da doença desde o início da pandemia do novo coronavírus, segundo os números registrados pelas secretarias estaduais de Saúde. Em todo o Brasil, foram registrados 29.052 novos casos de covid-19 de ontem para hoje. O total de infectados chegou a 5.811.699.

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O país saiu da queda na média móvel de mortes, que apresentava há 12 dias, e voltou a ter estabilidade. Foram 403 mortes na média móvel dos últimos 7 dias. Além disso, é a primeira vez em 10 dias que o país volta a ter a média de óbitos acima de 400.

O Ministério da Saúde admitiu hoje que pode ter sido alvo de um ataque hacker na semana passada. Nos últimos dias, os estados vêm relatando problemas para registrar os números do novo coronavírus no sistema do governo federal. Ontem, todos os estados atualizaram os dados. Mas, hoje, São Paulo e Paraná não divulgaram os números de óbitos.

Dados da Saúde

O Ministério da Saúde informou hoje que o Brasil teve 456 novas mortes por causa da covid-19 nas últimas 24 horas. O total de óbitos causados pela doença chegou a 164.737 desde o início da pandemia, de acordo com o governo federal.

Houve 29.070 novos casos em todo o país de ontem para hoje. Desde o começo da pandemia, o total de diagnósticos positivos para o novo coronavírus chegou a 5.810.652.

Ainda segundo a pasta, 5.267.567 pessoas se recuperaram da doença e outras 378.348 estão em acompanhamento.

Sete estados e DF em alta

Sem contar Paraná e São Paulo, sete estados e o Distrito Federal apresentaram alta na média móvel de mortes. Além disso, oito estados registraram queda e outros nove, estabilidade.

Entre as regiões, o Sul teve aceleração (40%), enquanto Sudeste (-35%) teve queda. Centro-Oeste (13%), Nordeste (-15%) e Norte (-2%) mantiveram estabilidade.

Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.

O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

• Espírito Santo: estável (11%)

• Minas Gerais: queda (-27%)

• Rio de Janeiro: queda (-27%)

• São Paulo: queda (-17%) *O estado não divulgou número de mortos até as 20h de hoje

Região Norte

• Acre: aceleração (43%)

• Amazonas: queda (-31%)

• Amapá: aceleração (229%)

• Pará: estável (14%)

• Rondônia: estável (4%)

• Roraima: aceleração (1000%)

• Tocantins: aceleração (27%)

Região Nordeste

• Alagoas: queda (-19%)

• Bahia: estável (-12%)

• Ceará: queda (-60%)

• Maranhão: queda (-24%)

• Paraíba: estável (-13%)

• Pernambuco: estável (11%)

• Piauí: estável (4%)

• Rio Grande do Norte: aceleração (167%)

• Sergipe: queda (-50%)

Região Centro-Oeste

• Distrito Federal: aceleração (25%)

• Goiás: queda (-18%)

• Mato Grosso: aceleração (87%)

• Mato Grosso do Sul: estável (11%)

Região Sul

• Paraná: aceleração (130%) *O estado não divulgou dados de mortos até as 20h de hoje

• Rio Grande do Sul: estável (-10%)

• Santa Catarina: aceleração (38%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.