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Fiocruz: Casos de síndrome respiratória voltam a crescer em 11 capitais

17.nov.2020 - Movimentação no Porto da Barra em Salvador, no 1º dia de liberação das praias - ROMILDO DE JESUS/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
17.nov.2020 - Movimentação no Porto da Barra em Salvador, no 1º dia de liberação das praias Imagem: ROMILDO DE JESUS/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Gabriel Sabóia

Do UOL, no Rio

25/11/2020 18h39

Levantamento feito pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) mostra que 11 das 27 capitais brasileiras registram aumento no número de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) diagnosticadas nas últimas semanas. O Distrito Federal completa a lista.

Para a Fiocruz, os dados colhidos até o último sábado (21) indicam que a covid-19 volta a atingir níveis preocupantes em todo território nacional e é hora de retomar medidas de isolamento.

Neste ano, infecções pelo coronavírus corresponderam a cerca de 98% do total de SRAG no país. Até mesmo em capitais onde não foram registrados aumentos expressivos de casos, os dados se mantêm em um "platô" próximo aos índices de abril e maio.

Capitais com crescimento significativo de SRAGs

  • Belo Horizonte
  • Campo Grande
  • Maceió
  • Salvador

Capitais com crescimento moderado de SRAGs

  • Curitiba
  • Natal
  • Palmas
  • Plano piloto de Brasília
  • Rio de Janeiro
  • São Luís
  • São Paulo
  • Vitória

O monitoramento da Fiocruz é atualizado semanalmente. Os períodos epidemiológicos estudados vão sempre de domingo a sábado —no caso deste levantamento, foi analisado o período entre os dias 15 e 21.

Segunda onda?

Apesar dos dados publicados pelo boletim de monitoramento semanal Infogripe, que considerou dados colhidos até o último sábado (21), o coordenador do estudo e pesquisador da Fiocruz, Marcelo Gomes, diz ainda ser cedo para falar em uma "segunda onda da doença".

"O platô registrado em algumas cidades, como em Florianópolis, por exemplo, é similar ao primeiro pico. À medida com que fomos flexibilizando as normas de higiene no país, os casos voltaram a subir. Talvez tenha faltado diálogo com a população para lembrar que essa queda não era permanente", afirma.

Para Gomes, o momento é de retomar medidas de isolamento.

"Precisamos evitar a manutenção da retomada do crescimento da doença, o que pode gerar problemas como a ocupação dos leitos hospitalares elevada. Ainda não podemos cravar que passamos por uma segunda onda da doença, mas é preferível que nos mobilizemos agora do que deixar para depois e, daqui a um mês, olhar para o dado publicado hoje com a sensação de chance perdida", disse.

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