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Paraná decreta toque de recolher para conter avanço da pandemia de covid-19

Carlos Massa Ratinho Jr, governador do Paraná, em entrevista para o UOL - Henry Milleo/UOL
Carlos Massa Ratinho Jr, governador do Paraná, em entrevista para o UOL Imagem: Henry Milleo/UOL

Do UOL, em São Paulo

01/12/2020 21h25

O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), decretou na noite de hoje o toque de recolher em todo o estado numa tentativa de conter o avanço da pandemia de covid-19. O prazo de vigência é de 15 dias, prorrogáveis ou não. O decreto entra em vigor já a partir de amanhã.

Ratinho Jr. considerou três aspectos principais para publicar o decreto: a necessidade de uma análise permanente de reavaliação do cenário epidemiológico; o índice de taxa de reprodução do vírus acima da média para a capacidade de leitos exclusivo de covid-19; e a expansão de leitos de UTI para covid, que já encontra em seu último estágio.

O "toque de recolher" é aplicado por governos ou autoridades, e se aplica para impedir que pessoas permaneçam nas ruas após uma determinada hora. No caso do Paraná, as pessoas estarão proibidas de circular e se aglomerar em espaços de vias públicas, diariamente, "no período de 23 h às 5 h".

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a gestão de Ratinho Jr. também deve retomar o trabalho remoto para servidores estaduais e recomendar que prefeituras e outros órgãos públicos tomem a mesma medida. A partir desta terça-feira, também estão suspensas as cirurgias eletivas em todo o Paraná.

O decreto de toque de recolher ocorrer em meio a pico no número de casos de coronavírus no estado: 2.539 casos confirmados e 61 mortes em decorrência da doença foram registrados somente nas últimas 24 horas. Ao todo, são 282.645 casos e 6.160 mortos.

A situação mais crítica da pandemia ocorre em Curitiba e na região metropolitana da capital, onde 93% dos leitos de UTI estão ocupados. Cerca de 50 pessoas aguardam vagas em UTIs em hospitais lotados.

SP adota medidas restritivas

O governador João Doria (PSDB) e sua equipe anunciaram ontem—ou seja, um dia depois das eleições municipais— que seis regiões, incluindo a Grande São Paulo, regrediram da fase verde para a fase amarela do Plano São Paulo, de retomada econômica.

As regiões que regrediram no Plano São Paulo foram: Grande São Paulo, Piracicaba, Campinas, Sorocaba, Baixada Santista e Taubaté. Com isso, a partir de quarta-feira (2) todo o estado estará fase amarela.

Nesta etapa, muda o horário de funcionamento do comércio e de serviços, além da capacidade de ocupação. A educação não será afetada, de acordo com o governo paulista.

A secretária Patrícia Ellen afirmou que atualmente 62 municípios do estado preocupam por conta do aumento no número de casos e nas internações causadas pela covid-19 —a capital não está nesta lista. Patrícia disse que o governo realizará uma reunião com as prefeituras amanhã e classificou como "medida adicional de cautela" a decisão de passar seis regiões que estavam na fase verde para a amarela.