Brasileira da equipe de Biden diz que a população deve confiar na vacina
Luciana Borio, brasileira que integra a campanha de Joe Biden nos Estados Unidos, afirmou que é contra tornar obrigatória a vacinação contra covid-19. Para ela, o mais importante é que a população tenha confiança nos imunizantes.
"Não é necessário forçar. A vacina é uma coisa que vai ajudar as pessoas a se protegerem. Então é desnecessário forçar, inclusive porque são tecnologias novas, temos menos experiências com essas vacinas. É importante que o público tenha confiança forte. Acho que, com o tempo, o público vai aumentar o índice de confiança nessas vacinas", afirmou Luciana à CNN Brasil.
A médica também comentou sobre como está sendo o processo de avaliação das vacinas nos EUA.
"Aqui nós temos a sorte grande que a FDA, nossa Anvisa, é muito independente. Foi difícil porque teve interferência política nas decisões, no início. Mas o time é sério e independente e fez um trabalho com intenção de manter os processos normais de avaliação. Inclusive o Reino Unido aprovou a vacina da Pfizer para uso de emergência. Mas aqui não. Porque estão fazendo análises próprias e revisando tudo antes de tomar qualquer decisão. Isso que é importante: a população ter confiança na vacina. Nem todos países têm esse processo e insistem para que os dados sejam transparentes como os EUA", ressaltou Luciana.
Ela também foi questionada por que se posicionou contra o uso de cloroquina no tratamento contra covid-19, algo que já foi muito comentado no Brasil.
"(Sou contra) porque não funciona. Eu sou a favor das vacinas e dos medicamentos, mas temos que avaliar quais têm possibilidade de funcionar, colocar em estudos clínicos e identificar o que tem vantagem. A cloroquina foi uma promessa sem fundamento científico e infelizmente acho que causou certos danos, porque impediu estudos de remédios com mais promessa. Acabamos adiando a disponibilidade de produtos que têm mais promessas", explicou a médica.
Luciana Borio é pesquisadora sênior de saúde global do Conselho de Relações Exteriores dos EUA e especializada em biodefesa. Agora ela faz parte do Conselho Consultivo para Combate à Covid-19, organizado por Biden. Essa equipe vai aconselhar o presidente a enfrentar a pandemia a partir de 2021.
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