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Com 17 estados e DF em alta, Brasil tem 660 novas mortes por covid em 24 h

Brasil superou a marca dos 6,5 milhões de infectados pelo novo coronavírus desde o começo da pandemia - Eduardo Anizelli/Folhapress
Brasil superou a marca dos 6,5 milhões de infectados pelo novo coronavírus desde o começo da pandemia Imagem: Eduardo Anizelli/Folhapress

Do UOL, em São Paulo*

05/12/2020 18h51Atualizada em 06/12/2020 09h22

O Brasil registrou hoje mais 660 mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas desde o início da pandemia, o número de óbitos provocados pela doença chegou a 176.641. O levantamento foi feito pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.

Ao todo, 17 estados mais o Distrito Federal estão com tendência de aceleração na média móvel de mortes. O Brasil também apresenta tendência de aceleração de óbitos em decorrência da doença: 20%.

Desde o boletim de ontem à noite, o país ainda teve 41.748 novos casos, o que eleva o total de diagnósticos positivos para 6.576.699.

A média móvel de mortes, calculada com base nas mortes diárias dos últimos sete dias, é de 579 —o que representa uma tendência de alta em relação aos últimos 14 dias.

Dados do governo federal

Já o Ministério da Saúde divulgou 664 novas mortes provocadas pelo coronavírus no país. Desde o início da pandemia, foram registrados 176.628 óbitos causados pela covid-19, segundo os dados do governo.

A pasta informou também que foram 43.209 novos diagnósticos positivos para a doença nas últimas 24 horas, elevando para o 6.577.177 número de infectados.

Ainda de acordo com as informações do governo federal, 5.761.363 pessoas se recuperaram da doença, com outras 639.186 em acompanhamento.

17 estados e DF apresentaram alta

Os números do consórcio de veículos de imprensa apontam que 17 estados e o DF apresentaram tendência de alta na média móvel de mortes. Apenas três estados tiveram queda e outros cinco mantiveram a estabilidade do índice.

Entre as regiões, Centro-Oeste (-14%) e Sudeste (9%) apresentaram estabilidade na média de mortes. Já Nordeste (21%), Norte (20%) e Sul (70%) apresentaram aceleração.

Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.

O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: aceleração (35%)

  • Minas Gerais: estável (7%)

  • Rio de Janeiro: queda (-18%)

  • São Paulo: aceleração (31%)

Região Norte

  • Acre: aceleração (80%)

  • Amazonas: estável (15%)

  • Amapá: aceleração (67%)

  • Pará: estabilidade (10%)

  • Rondônia: aceleração (160%)

  • Roraima: aceleração (21%)

  • Tocantins: aceleração (73%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-23%)

  • Bahia: estabilidade (1%)

  • Ceará: aceleração (87%)

  • Maranhão: estável (4%)

  • Paraíba: aceleração (30%)

  • Pernambuco: estabilidade (26%)

  • Piauí: estável (6%)

  • Rio Grande do Norte: aceleração (116%)

  • Sergipe: aceleração (81%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: aceleração (16%)

  • Goiás: queda (-49%)

  • Mato Grosso: aceleração (23%)

  • Mato Grosso do Sul: aceleração (119%)

Região Sul

  • Paraná: aceleração (101%)

  • Rio Grande do Sul: aceleração (45%)

  • Santa Catarina: aceleração (82%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.