Em 11º dia de alta, Brasil tem 520 óbitos e 17 estados + DF em aceleração
O Brasil registrou 520 novos óbitos causados pela covid-19 nesta segunda-feira (14) e completou onze dias com tendência de alta na média móvel de mortes, com 18 estados e o Distrito Federal em aceleração. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
Foram 650 óbitos em média nos últimos 7 dias, o que representa uma aceleração de 24% na variação de 14 dias.
Ao todo o país já registra 181.939 óbitos causados pela doença desde o início da pandemia. Houve 27.419 novos diagnósticos positivos para a doença de ontem para hoje em todo o país. Desde o começo da pandemia, o número de infectados no Brasil chegou a 6.929.409. Foram 651 mortes em média nos últimos sete dias.
Dados da Saúde
O Ministério da Saúde divulgou hoje que o Brasil registrou 433 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. O total de óbitos provocados pela doença chegou a 181.835 desde o início da pandemia.
De ontem para hoje, houve 25.193 novas testagens positivas para a covid-19 em todo o país. Desde o começo da pandemia, o número de infectados pelo novo coronavírus subiu para 6.927.145.
De acordo com a pasta, 6.016.085 pessoas se recuperaram da doença, com outras 729.225 em acompanhamento.
17 estados + DF em alta
O país tem 17 estados mais o Distrito Federal com tendência de alta na média móvel de mortes. Entre quarta e quinta, o país registrou o maior número de estados em alta desde o início do cálculo pelo consórcio: 21.
Três estados apresentaram queda na média e outros seis mantiveram estabilidade.
Entre as regiões, o Nordeste (13%) e o Norte (1%) tiveram estabilidade. As demais apresentaram aceleração: Centro-Oeste (52%), Sudeste (23%) e Sul (30%).
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: aceleração (44%)
- Minas Gerais: aceleração (50%)
- Rio de Janeiro: estável (9%)
- São Paulo: aceleração (21%)
Região Norte
- Acre: aceleração (55%)
- Amazonas: queda (-40%)
- Amapá: aceleração (60%)
- Pará: estável (15%)
- Rondônia: estável (8%)
- Roraima: aceleração (42%)
- Tocantins: aceleração (19%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (35%)
- Bahia: aceleração (27%)
- Ceará: queda (-44%)
- Maranhão: queda (-26%)
- Paraíba: aceleração (93%)
- Pernambuco: aceleração (23%)
- Piauí: estável (-8%)
- Rio Grande do Norte: aceleração (106%)
- Sergipe: estável (14%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: aceleração (107%)
- Goiás: estável (-11%)
- Mato Grosso: aceleração (53%)
- Mato Grosso do Sul: aceleração (157%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (17%)
- Rio Grande do Sul: aceleração (36%)
- Santa Catarina: aceleração (36%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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