Brasil registra 915 novas mortes por covid, maior número em mais de um mês
O Brasil registrou 915 novos óbitos causados pela covid-19 nesta terça-feira (15), o maior número desde 12 de novembro, quando registrou 926 mortes. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
O número total de óbitos causados pela doença até o momento é de 182.854 desde o início da pandemia. Foram feitos 44.849 diagnósticos positivos para o novo coronavírus de ontem para hoje no Brasil. Desde o começo da pandemia, o total de infectados subiu para 6.974.258.
Foram 667 óbitos em média nos últimos 7 dias, o que representa uma aceleração de 25% na variação de 14 dias. O país já acumula 12 dias de alta na média móvel de mortes.
Em 12 de novembro, o país registrou 926 óbitos em 24 horas. Porém, o registro ocorreu depois de quase uma semana de apagão de dados em vários estados, ou seja, os dados ficaram represado por alguns dias. A última vez que o Brasil teve um número mais alto de mortos foi em 16 de setembro, com 967.
Dados da Saúde
De acordo com dados divulgados hoje pelo Ministério da Saúde, o Brasil registrou 964 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. O total de óbitos causados pela doença subiu para 182.799 desde o início da pandemia.
De ontem para hoje, o país teve 42.889 casos confirmados de covid-19. Desde o começo da pandemia, foram registrados 6.970.034 diagnósticos positivos para a doença em todo o Brasil.
O governo federal informou ainda que 6.067.862 pessoas já se recuperaram da doença, com outras 719.373 em acompanhamento.
18 estados e DF em alta
Dezoito estados mais o Distrito Federal apresentaram tendência de alta na média móvel de mortes. Entre quarta e quinta da semana passada, o país registrou o maior número de estados em alta desde o início do cálculo pelo consórcio: 21.
Três estados apresentaram queda na média e outros cinco mantiveram estabilidade.
Entre as regiões, apenas o Norte (2%) teve estabilidade. As demais apresentaram aceleração: Centro-Oeste (45%), Nordeste (19%), Sudeste (23%) e Sul (35%).
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: aceleração (29%)
- Minas Gerais: aceleração (42%)
- Rio de Janeiro: aceleração (21%)
- São Paulo: aceleração (17%)
Região Norte
- Acre: aceleração (200%)
- Amazonas: queda (-34%)
- Amapá: aceleração (67%)
- Pará: estável (12%)
- Rondônia: estável (0%)
- Roraima: aceleração (19%)
- Tocantins: estável (12%)
Região Nordeste
- Alagoas: aceleração (33%)
- Bahia: aceleração (27%)
- Ceará: queda (-22%)
- Maranhão: queda (-23%)
- Paraíba: aceleração (85%)
- Pernambuco: aceleração (24%)
- Piauí: estável (2%)
- Rio Grande do Norte: aceleração (74%)
- Sergipe: aceleração (18%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: aceleração (71%)
- Goiás: estável (-8%)
- Mato Grosso: aceleração (32%)
- Mato Grosso do Sul: aceleração (125%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (44%)
- Rio Grande do Sul: aceleração (35%)
- Santa Catarina: aceleração (27%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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