Covid: Brasil registra 678 novos óbitos e tem alta em todas as regiões
O Brasil registrou 678 novos óbitos por covid-19 entre ontem e hoje, totalizando 186.365 pessoas mortas em decorrência do coronavírus no país. Com isso, todas as regiões apresentaram alta na média móvel de mortes. As informações são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
Nos últimos sete dias, a média de mortes foi de 746 —o que representa variação de 27% em relação à taxa de 14 dias atrás. Já são mais de 15 dias seguidos em que o Brasil apresenta alta na média móvel de mortes.
Todas as regiões apresentam aceleração na taxa: Centro-Oeste (36%), Nordeste (22%), Norte (25%), Sudeste (24%) e Sul (33%).
Entre os estados, 18 deles e o Distrito Federal registraram alta. Seis permanecem estáveis e somente o Piauí e Tocantins apresentaram queda.
Ainda de acordo com o consórcio, foram contabilizados 7.212.670 testes positivos no Brasil — 48.758 deles nas últimas 24 horas.
Dados do governo
Neste sábado (19), o Ministério da Saúde divulgou que o Brasil registrou 706 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. O total de óbitos provocados pela doença em todo o país chegou a 186.356 desde o início da pandemia.
De ontem para hoje, houve mais 50.177 casos oficiais para o novo coronavírus. Desde o começo da pandemia, o número de infectados no Brasil subiu para 7.213.155.
De acordo com a pasta, 6.222.764 pessoas se recuperaram da covid-19, com outras 804.035 em acompanhamento.
Especialistas indicam cálculo de média móvel
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: aceleração (29%)
- Minas Gerais: aceleração (49%)
- Rio de Janeiro: aceleração (29%)
- São Paulo: estável (13%)
Região Norte
- Acre: estável (0%)
- Amazonas: aceleração (18%)
- Amapá: aceleração (30%)
- Pará: aceleração (51%)
- Rondônia: aceleração (44%)
- Roraima: estável (0%)
- Tocantins: queda (-20%)
Região Nordeste
- Alagoas: aceleração (78%)
- Bahia: estável (10%)
- Ceará: aceleração (32%)
- Maranhão: estável (-13%)
- Paraíba: aceleração (48%)
- Pernambuco: aceleração (25%)
- Piauí: queda (-23%)
- Rio Grande do Norte: aceleração (74%)
- Sergipe: aceleração (38%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: aceleração (32%)
- Goiás: aceleração (21%)
- Mato Grosso: aceleração (21%)
- Mato Grosso do Sul: aceleração (78%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (65%)
- Rio Grande do Sul: aceleração (21%)
- Santa Catarina: estável (15%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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