Governo do Pará estima início da vacinação contra a covid-19 neste mês
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), anunciou hoje que vai iniciar em janeiro a imunização contra a covid-19 em grupos prioritários no estado. Ele estimou o início da vacinação num prazo de 15 dias e disse que serão disponibilizados R$ 150 milhões para a compra de imunizantes que forem aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
"Nós estamos assegurando que, pelas informações que trago da Fundação Oswaldo Cruz e do Butantan, nós vamos iniciar a vacinação ainda no mês de janeiro", afirmou Barbalho, citando duas instituições que desenvolvem as vacinas no Brasil. É o plano B do Pará, caso o plano nacional tenha algum atraso, explicou.
Hoje o governador esteve na Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio de Janeiro, que desenvolve a vacina com a farmacêutica britânica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. Ele também vai a São Paulo, para uma visita ao Instituto Butantan, com o objetivo de afinar detalhes para a compra da CoronaVac. A vacina teve eficácia de 78% contra a covid-19 comprovada por estudo divulgado hoje, segundo o governo paulista.
"Minha visita ao Rio de Janeiro e a São Paulo foi para cobrar um prazo, e a expectativa da Fundação Oswaldo Cruz é que eles possam, até o dia de amanhã [8], fazer o pedido definitivo para a Anvisa para a liberação das vacinas. No Butantan ainda hoje deve ser feito esse pedido. A mensagem que me foi colocada é que em até 15 dias devemos ter o início da vacinação", afirmou Barbalho.
Ainda de acordo com o governador paraense, a Fiocruz disponibilizará inicialmente 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca ao Pará e esse número deve chegar a 50 milhões até o mês de abril.
O Pará teve até agora 297.974 casos de covid-19 desde o início da pandemia e 7.263 mortos pela doença, segundo o último boletim da Secretaria Estadual de Saúde. O estado vem registrando aumento na procura por atendimento para a doença. Atualmente, a taxa de ocupação nas UTIs é de 71,86% para adultos e 60% para UTI pediátrica.
Grupo prioritário
Com o número inicial de doses, o Pará espera iniciar a vacinação dos grupos prioritários. "A nossa expectativa é que possamos garantir inicialmente aos profissionais de saúde, idosos, indígenas e quilombolas e aos profissionais de segurança", estimou.
O anúncio do governador paraense foi feito no dia seguinte ao do pronunciamento do Ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, que incluiu a CoronaVac — desenvolvida no Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac — entre as duas vacinas que já têm doses garantidas no Brasil.
No pronunciamento, o ministro informou que estão garantidas 54 milhões de doses de vacinas para este ano, sendo 254 milhões pela Fiocruz em parceria com a Astrazeneca e de 100 milhões de doses pelo Butantan em parceria com a Sinovac, mas não deu nenhuma previsão de início do calendário de vacinação no País.
"Nós estamos na expectativa daquilo que o ministro apresentou nas reuniões com os governadores e em cadeia nacional ontem, que o governo federal estará adquirindo todas as vacinas disponíveis. Caso haja qualquer dificuldade para o governo federal cumprir a necessidade do tempo de salvar a vida das pessoas, já temos 150 milhões de reais para fazer aquisição direta das vacinas que estejam validadas pela Anvisa disponíveis no mercado nacional", explicou Barbalho.
Logística
Durante a visita à Fundação Oswaldo Cruz, o governador paraense também informou que o Estado está preparado para executar a campanha de vacinação, com estoques de agulhas, seringas e isopores, e a logística, com aeronaves e embarcações para a distribuição dos imunizantes.
Ontem o governo paraense iniciou a distribuição de insumos para os municípios. Ao todo o Estado já dispõe de seis milhões de agulhas e seringas, além de 2.200 isopores para acondicionamento da vacina.
"A intenção neste momento é que nós possamos garantir a logística para as regionais de saúde e a distribuição para os 144 municípios para adiantar o planejamento. As condições para que, no tempo em que as vacinas chegarem, não haja qualquer interrupção de qualquer espécie porque a população tem pressa neste sentido", disse Barbalho.
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