Governador do AM anuncia Saúde no limite e reabrirá hospital de campanha
O governador do Amazonas Wilson Lima (PSC) anunciou na noite de hoje a reabertura do hospital de campanha Nilton Lins, em Manaus, e afirmou que o sistema de saúde do estado está próximo de atingir o limite de capacidade.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Lima não dá uma data para a reabertura do complexo, que funcionou entre abril e julho de 2020 atendendo casos de covid-19. No entanto, ele afirmou que o local apresenta estrutura para iniciar o funcionamento o quanto antes.
"Preciso informar a todos os amazonenses que nosso sistema de saúde esta muito próximo do limite de sua capacidade. Diante disso, o próximo passo é o processo de reabertura do hospital Nilton Lins. Já estamos com estrutura apta para começar a funcionar e iremos fazer chamamento público para empresas que têm interesse em prestar serviços na unidade", declarou Lima.
O estado enfrenta nova explosão do número de infectados e mortos pelo coronavírus.
No domingo (3), a Defensoria Pública do AM ingressou com ação civil para que o governo estadual requisitasse administrativamente os 150 leitos clínicos e 26 leitos de UTI do hospital Nilton Lins.
O pedido cita uma fila de espera de mais de centenas de pacientes que aguardam internação no estado. Segundo o jornal A Crítica, até ontem eram 279 pessoas, sendo 62 com necessidade de internação em UTI.
Sepultamentos triplicam em um mês
O número de sepultamentos em Manaus cresceu 193% no intervalo de um mês. No dia 6 de dezembro foram registrados 31 enterros na capital amazonense, número que subiu para 91 nesta terça-feira, 5 de janeiro.
O aumento dos casos de covid-19 levou o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), a decretar estado de emergência na cidade pelo período de 180 dias para tentar conter o avanço da pandemia. O governo estadual também decretou estado de calamidade pública pelos próximos seis meses.
Governador é investigado
Wilson Lima, seu vice e outros secretários do governo amazonense são investigados pela compra de respiradores superfaturados e inúteis para o combate à covid-19. A investigação foi requerida pela Subprocuradoria da República dois dias após reportagem do UOL, publicada em abril do ano passado.
Em dezembro, o governo estadual usou o estado de calamidade para contratar, sem licitação, a montagem de uma árvore de natal no centro da capital por R$ 1,5 milhão. A contratação, segundo denúncia de deputados de oposição, feria o decreto do próprio governo que suspendia gastos com esporte e lazer, enquanto perdurasse a situação de emergência em função da pandemia.
Lima justificou que era uma forma de ajudar os artistas amazonenses em dificuldades com a pandemia.
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