Rio desiste de comprar Coronavac e vai esperar distribuição da União
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), afirmou neste sábado (9) que vai aguardar a distribuição de vacinas contra a covid-19 pelo governo federal para iniciar a imunização na capital fluminense. O Rio de Janeiro chegou a negociar a compra direta da Coronavac com o Instituto Butantan, mas desistiu da ideia após receber a notícia do acordo entre o laboratório do governo de São Paulo e o Ministério da Saúde.
Paes descartou a compra da Coronavac —desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan— durante a inauguração de um memorial em homenagem a coletivos de jovens de favelas cariocas que auxiliaram no enfrentamento à pandemia de covid-19, na Cidade de Deus, zona oeste do Rio.
De acordo com Paes, seu secretário de Saúde, Daniel Soranz, reuniu-se com representantes do Instituto Butantan em São Paulo e recebeu a confirmação de que o governo federal acertou a compra da vacina.
"A informação que ele [Soranz] me deu é que foi assinado o contrato com o governo federal da aquisição de quase 50 milhões de doses e que a vacinação vai começar simultaneamente em todo o Brasil a partir do Plano Nacional de Imunização", afirmou Paes.
Segundo o prefeito do Rio, a distribuição por meio do Ministério da Saúde deve viabilizar o início da vacinação ainda em janeiro e resolve uma possível disputa entre governos pela vacina.
"É a notícia que todos os brasileiros sempre esperaram, que não tivéssemos cidades disputando a aquisição dessa ou daquela vacina. A gente aguarda agora a data a ser anunciada pelo Ministério da Saúde dentro do Plano Nacional de Imunização, imaginando que isso deva acontecer pelo menos na última semana de janeiro", disse Paes.
O prefeito pediu que a população não deixe de adotar as medidas de isolamento social para prevenir a disseminação do novo coronavírus.
"Estamos caminhando para o fim desta pandemia. Temos uma luz no fim do túnel, a vacina está chegando. Devemos estar até o fim de janeiro começando a vacinação, mas ainda o desafio é muito grande, não dá para relaxar neste momento."
Anvisa avalia uso emergencial de vacinas
Nesta sexta-feira (8), o Instituto Butantan solicitou à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a autorização para uso emergencial da Coronavac no país. O órgão prevê que a análise do pedido emergencial leve até dez dias. Caso a vacina seja aprovada, a imunização de grupos de risco, como idosos e profissionais da saúde, estará autorizada.
Horas depois, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) fez o pedido de uso emergencial de 2 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório Astrazeneca. A Fiocruz informou que o pedido para registro definitivo (que permite vacinação em massa) deve ser feito até o dia 15 de janeiro.
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