Butantan pretende dobrar produção da CoronaVac em maio
O Instituto Butantan, responsável pela produção da vacina contra a covid-19 CoronaVac, estuda dobrar a produção de doses diárias do imunizante a partir do mês de maio. Atualmente, o órgão fabrica um milhão de frascos diários da vacina e o objetivo é que se produza dois milhões de doses por dia.
O instituto afirmou hoje ao UOL ter duas linhas de produção de vacinas: uma é dedicada aos imunizantes contra o vírus Influenza e a outra está totalmente voltada para a vacina contra o novo coronavírus. Até maio, é possível que o órgão consiga fabricar todas as doses programadas contra a Influenza. Se isso acontecer, os cientistas irão voltar as duas frentes de envasamento para o imunizante do laboratório Sinovac Biotech.
A decisão, contudo, ainda está sendo estudada e terá de ser conciliada com a campanha de outros produtos.
Pedido de uso emergencial à Anvisa
Hoje, o Butantan oficializou o pedido de aplicação emergencial da CoronaVac junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que pode levar até dez dias para ser analisado. Caso seja aprovada, a imunização de grupos de risco como idosos e profissionais da saúde estará autorizada.
Também hoje, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) fez o pedido de uso emergencial de 2 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório Astrazeneca. A fundação informou que o pedido para registro definitivo (que permite vacinação em massa) deve ser feito até o dia 15 de janeiro.
Em nota, a Anvisa explicou detalhes do processo, dizendo que as primeiras 24 horas serão de triagem dos documentos apresentados pelo Butantan. "Se houver informação importante faltando, a Anvisa pode pausar o prazo e solicitar as informações adicionais ao laboratório", diz a nota.
Segundo a agência, foi feito apenas o pedido para uso emergencial. O Butantan não solicitou o registro da vacina, que é uma autorização definitiva para imunização em massa e comercialização com bula.
Ontem, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou que a vacinação no Brasil deve começar em 20 de janeiro na "melhor das hipóteses" ou no máximo até o fim de março em caso de eventuais problemas. A expectativa é que sejam usados os imunizantes produzidos pela Fiocruz e pelo Butantan.
Em entrevista à rádio BandNews, o secretário estadual de Saúde Jean Gorinchteyn afirmou que há possibilidade de São Paulo, que previa o início da imunização em 25 de janeiro, antecipar a data caso o Programa Nacional de Imunização tenha início antes.
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