Topo

Esse conteúdo é antigo

Brasil registra 1.109 novos óbitos e completa 5 dias de aceleração na média

Brasil está perto de alcançar a marca de 8,2 milhões de casos confirmados de covid-19 - Tarso Sarraf/Estadão Conteúdo
Brasil está perto de alcançar a marca de 8,2 milhões de casos confirmados de covid-19 Imagem: Tarso Sarraf/Estadão Conteúdo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

12/01/2021 19h04Atualizada em 12/01/2021 20h19

O Brasil voltou a registrar mais de mil novas mortes por covid-19 nas últimas 24 horas e completa cinco dias com aceleração na média móvel de óbitos. De ontem para hoje, foram confirmados 1.109 casos de pessoas que morreram em decorrência da doença e passaram a integrar o balanço do governo federal. Assim, o total de mortos é de 204.726 desde o início da pandemia. O levantamento foi feito pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.

De acordo com dados do consórcio, na semana passada houve uma sequência de cinco dias com mais de mil novas mortes por covid-19 registradas em um intervalo de 24 horas. Entre os dias 5 e 9, foram 1.186, 1.266, 1.120, 1.379 e 1.115, respectivamente.

Foram 993 morres em média nos últimos sete dias, o que representa uma aceleração de 49% na comparação com 14 dias atrás. Desde o dia 8 o país registra acelerações consecutivas. Ontem e domingo o país voltou a registrar média móvel acima de mil, um feito que não se repetia desde agosto.

Também hoje completam cinco dias que nenhum estado apresenta tendência de queda, um feito inédito até a última sexta-feira. Assim como ontem, catorze estados tiveram aceleração, enquanto doze mais o Distrito Federal mantiveram estabilidade.

Entre as regiões, apenas o Centro-Oeste teve estabilidade (10%). As demais apresentaram aceleração: Nordeste (21%), Norte (93%), Sudeste (66%) e Sul (33%

De ontem para hoje, houve 61.660 diagnósticos positivos para o novo coronavírus, elevando para 8.195.493 o total de infectados desde o começo da pandemia.

Dados da Saúde

Em boletim divulgado hoje, o Ministério da Saúde informou que foram cadastrados 1.110 novos óbitos por covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, 204.690 pessoas morreram no país por conta da doença.

Na semana passada, pelos números do Ministério, foram quatro dias com mais de mil mortes registradas em um intervalo de 24 horas: 5 (1.171), 6 (1.242), 7 (1.524, o segundo maior em toda a pandemia) e 9 (1.171).

De ontem para hoje, foram confirmados 64.025 testes positivos para a covid-19 no Brasil, atingindo um total de 8.195.637 infectados desde o começo da pandemia. Vale lembrar que o recorde foi verificado na semana passada, no dia 7, com 87.843.

De acordo com a pasta, 7.273.707 pessoas se recuperaram da doença, com outras 717.240 em acompanhamento.

Especialistas indicam cálculo de média móvel

Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.

O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: estável (-9%)

  • Minas Gerais: aceleração (55%)

  • Rio de Janeiro: aceleração (115%)

  • São Paulo: aceleração (60%)

Região Norte

  • Acre: estável (12%)

  • Amazonas: aceleração (217%)

  • Amapá: aceleração (36%)

  • Pará: estável (10%)

  • Rondônia: aceleração (29%)

  • Roraima: aceleração (38%)

  • Tocantins: aceleração (131%)

Região Nordeste

  • Alagoas: estável (14%)

  • Bahia: estável (2%)

  • Ceará: aceleração (213%)

  • Maranhão: estável (-12%)

  • Paraíba: estável (10%)

  • Pernambuco: aceleração (24%)

  • Piauí: estável (9%)

  • Rio Grande do Norte: estável (-3%)

  • Sergipe: aceleração (45%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: estável (4%)

  • Goiás: aceleração (38%)

  • Mato Grosso: aceleração (30%)

  • Mato Grosso do Sul: estável (-8%)

Região Sul

  • Paraná: aceleração (102%)

  • Rio Grande do Sul: estável (10%)

  • Santa Catarina: estável (-11%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.