Brasil tem 5º dia com mais de 1.000 mortes por covid; 13 estados em alta
O Brasil registrou 1.059 novas mortes por covid-19 entre ontem e hoje, de acordo com levantamento do consórcio de imprensa do qual o UOL faz parte. Até agora, aos dez meses da pandemia no país, 209.350 pessoas morreram pela doença provocada pelo coronavírus.
É o quinto dia consecutivo com mais de 1.000 mortes, segundo os dados do consórcio. Em 12 de janeiro, foram 1.109 mortes. Em 13 de janeiro, 1.283 mortes. Em 14 de janeiro, 1.151 mortes. Em 15 de janeiro, 1.131.
O Amazonas, que enfrenta o colapso de seu sistema de saúde, teve 80 novas mortes computadas de ontem para hoje.
Em relação ao número de casos, o Brasil teve 62.452 novos diagnósticos positivos de covid-19, de ontem para hoje. Pelo Brasil, 8.456.705 pessoas já receberam a notícia que tiveram coronavírus.
Média móvel
Na média da última semana, houve 956 mortes por covid-19 por dia no Brasil. É um aumento de 37% em comparação com duas semanas atrás. Treze estados registram aceleração no número de casos.
A região Norte é a que mais piorou nesse período. Na média da última semana, teve 105 mortes diárias. Já 14 dias antes, esse indicador era de 56 mortes diárias. Isso dá um aumento de 87%.
A região Sudeste aparece em seguida. Na média da última semana, ocorreram 515 mortes por dia nos estados do Sudeste. Já 14 dias antes, o número foi de 333. O aumento é de 56%.
O Centro-Oeste registra 26% de aumento. O Nordeste, 16%. O Sul é a única região do país com estabilidade (variação de 3%).
Especialistas indicam cálculo de média móvel
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Dados do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde informou que ocorreram 1.050 novos óbitos por covid-19 no Brasil, de ontem para hoje. É o quinto dia consecutivo com mais de mil mortes provocadas pelo coronavírus, de acordo com dados do ministério. Desde o início da pandemia, 209.296 pessoas morreram pela doença no país.
Já em relação ao número de casos de covid-19, o Ministério da Saúde registrou novos 61.567 testes positivos. Dessa forma, o número total de pessoas infectadas pelo coronavírus no Brasil é, até agora, de 8.455.059.
Segundo o governo federal, 856.979 pessoas continuam em acompanhamento. Outras 7.388.784 se recuperaram da covid-19.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (2%)
- Minas Gerais: aceleração (68%)
- Rio de Janeiro: aceleração (53%)
- São Paulo: aceleração (62%)
Região Norte
- Acre: queda (-29%)
- Amazonas: aceleração (193%)
- Amapá: estável (4%)
- Pará: estável (15%)
- Rondônia: estável (7%)
- Roraima: aceleração (29%)
- Tocantins: aceleração (147%)
Região Nordeste
- Alagoas: aceleração (21%)
- Bahia: estável (3%)
- Ceará: estável (1%)
- Maranhão: estável (2%)
- Paraíba: estável (-8%)
- Pernambuco: aceleração (55%)
- Piauí: aceleração (29%)
- Rio Grande do Norte: aceleração (21%)
- Sergipe: aceleração (43%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estável (-10%)
- Goiás: aceleração (165%)
- Mato Grosso: aceleração (21%)
- Mato Grosso do Sul: estável (-5%)
Região Sul
- Paraná: estável (-5%)
- Rio Grande do Sul: estável (0)
- Santa Catarina: estável (-7%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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