Diretor elogia Mandetta durante voto que selou uso emergencial de vacinas
O diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) Alex Campos fez um elogio ao ex-ministro Luiz Henrique Mandetta durante o voto que marcou hoje a aprovação para uso emergencial das vacinas produzidas pelo Instituto Butantan (SP, em parceria com a chinesa Sinovac) e pela Fiocruz (RJ, em parceria com a Universidade de Oxford) contra a covid-19.
Segundo Campos, o ex-ministro da Saúde —demitido durante a pandemia após divergências com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido)— é uma "referência humana e profissional".
Campos foi nomeado membro do colegiado da Anvisa após indicação de Mandetta, de quem era chefe de gabinete logo no começo da pandemia do coronavírus, no ano passado.
"Ilustro isso [o elogio ao ex-ministro] apenas para dizer que eu estava no olho do furacão quando essa pandemia assolou todos os países do mundo", disse ele em referência ao período entre fevereiro e março de 2020.
Eu não planejei estar na Anvisa. De verdade, não planejei. Nunca imaginei lidar com esse desafio. Quando eu lembro os passos até aqui, lembro que foi pelas mãos de um médico, que me serve como referência humana e profissional, que o meu nome chegou até o presidente da República.
Alex Campos, diretor da Anvisa, em menção a Luiz Henrique Mandetta
O ex-ministro da Saúde acabou se tornando uma adversário político de Bolsonaro depois que deixou o cargo. A demissão ocorreu porque Mandetta era favorável às medidas restritivas, como o isolamento social, enquanto o presidente defende que as atividades não sejam paralisadas em razão da pandemia, sob risco de prejuízo à economia.
Aprovação do uso emergencial
Em reunião nesta tarde, cinco diretores da Anvisa aprovaram por unanimidade os pedidos de uso emergencial no Brasil das vacinas CoronaVac (Butantan) e AstraZeneca (Fiocruz). Os dois imunizantes são os primeiros aprovados no país no combate à covid-19.
As vacinas serão usadas preferencialmente para uso em programas de saúde pública e, inicialmente, destinado para imunização de pessoas de grupos de risco como indígenas, idosos e profissionais de saúde. A diretoria da Anvisa decidiu pela liberação emergencial durante reunião que ainda acontece neste domingo.
Durante a manhã e o início da tarde, ambas as vacinas foram recomendadas, com ponderações, pela gerência técnica da Anvisa. Depois, a diretora da Anvisa e relatora dos pedidos, Meiruze Sousa Freitas, votou pela aprovação da AstraZeneca e, com ressalvas, da CoronaVac. O voto foi acompanhado pelos quatro diretores que votaram na sequência.
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