Brasil registra 1.183 novas mortes e tem 13 estados com alta na média
O Brasil voltou a registrar mais de mil mortes por covid-19 em um intervalo de 24 horas. Foram cadastrados 1.183 novos óbitos causados pela doença de ontem para hoje, chegando a um total de 211.511 mortes desde o início da pandemia. O levantamento foi feito pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte e que tem como base dados das secretarias estaduais de Saúde.
Na última semana, pelos dados do consórcio, houve cinco dias seguidos com mais de mil novas mortes confirmadas em um período de 24 horas. Entre 12 e 16 de janeiro, foram 1.109, 1.283, 1.151, 1.131 e 1.039, respectivamente.
Com isso, 969 óbitos foram registrados em média nos últimos setes em todo o país, o que representa uma variação de 33% na comparação com 14 dias anteriores. Já são doze dias com tendência de aceleração no Brasil. Os números não indicam quando as mortes ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar do balanço oficial dos estados.
Das regiões, apenas o Norte (96%) e o Sudeste (52%) apresentaram aceleração. As demais tiveram estabilidade em 14 dias: Centro-Oeste (-3%), Nordeste (14%) e Sul (-11%).
Entre os estados, apenas quatro e o Distrito Federal apresentaram tendência de queda, enquanto nove se mantiveram estáveis. Treze tiveram aceleração. O Amazonas registra a maior alta (164%), seguido por Tocantins (142%) e Minas Gerais (77%).
De ontem para hoje, houve 63.504 diagnósticos positivos para o novo coronavírus em todo o país. Desde o começo da pandemia, o número de infectados chegou a 8.575.742.
Dados da Saúde
O Ministério da Saúde divulgou hoje que o país registrou 1.192 novos óbitos provocados pela covid-19 nas últimas 24 horas. No total, 211.491 pessoas morreram devido à doença desde o começo da pandemia.
De ontem para hoje, houve 62.094 testes positivos para a covid-19 em todo o país. Desde o início da pandemia, o total de infectados subiu para 8.573.864.
Segundo o governo federal, 7.518.846 pessoas se recuperaram da doença, com outras 843.527 em acompanhamento.
Especialistas indicam cálculo de média móvel
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (10%)
- Minas Gerais: aceleração (77%)
- Rio de Janeiro: aceleração (37%)
- São Paulo: aceleração (60%)
Região Norte
- Acre: queda (-43%)
- Amazonas: aceleração (164%)
- Amapá: estável (-6%)
- Pará: estável (13%)
- Rondônia: aceleração (33%)
- Roraima: aceleração (33%)
- Tocantins: aceleração (142%)
Região Nordeste
- Alagoas: aceleração (30%)
- Bahia: estável (6%)
- Ceará: estável (-11%)
- Maranhão: estável (2%)
- Paraíba: queda (-20%)
- Pernambuco: aceleração (72%)
- Piauí: aceleração (20%)
- Rio Grande do Norte: estável (-3%)
- Sergipe: aceleração (41%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-24%)
- Goiás: aceleração (24%)
- Mato Grosso: aceleração (22%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-26%)
Região Sul
- Paraná: queda (-28%)
- Rio Grande do Sul: estável (0%)
- Santa Catarina: estável (-5%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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