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União Química se baseia em aprovações pelo mundo para Sputnik ser liberada

Argentina é um dos países que liberou o uso da Sputnik V - Reprodução/Twitter
Argentina é um dos países que liberou o uso da Sputnik V Imagem: Reprodução/Twitter

21/01/2021 12h19

O presidente da União Química, Fernando de Castro Marques, disse que usará como argumento, em reunião com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) marcada para hoje, a liberação da Sputnik V em países como a Argentina e Hungria para conseguir a aprovação de uso emergencial da vacina russa contra a covid-19 no Brasil.

Em entrevista à GloboNews, Castro Marques disse que o imunizante já se mostrou seguro e sua aplicação em outros países e citou a aprovação da Hungria, anunciada hoje. A vacina foi desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa Gamaleya, de Moscou, e comercializada pelo Fundo Russo de Investimento Direto.

"Nossa interpretação é que é possível (a liberação para uso) emergencial, baseado no Mercosul, em países como Argentina e Paraguai. México está para liberar, Hungria já liberou hoje. Baseado em todas as aprovações, pediremos que a Anvisa libere o uso emergencial para trazer as 10 milhões de unidades ainda no primeiro trimestre", disse.

O acordo entre União Química e o fundo russo prevê a entrega ao Brasil de 10 milhões de doses prontas no primeiro trimestre deste ano, além da transferência de tecnologia para produção das vacinas nas fábricas da empresa no país.

Na reunião de hoje com a Anvisa, a União Química trabalha em dois objetivos: conseguir o uso emergencial para as 10 milhões de doses prontas e receber a liberação para o início dos estudos clínicos sobre a fase três da vacina, visando um registro posterior para uso da produção futura.

No último sábado (16), a Anvisa rejeitou o pedido para uso de uso emergencial alegando que os documentos não apresentavam "requisitos mínimos para submissão e análise". Um dos critérios da Anvisa para aprovação para este fim é a realização dos estudos clínicos da fase 3. O STF deu ontem um prazo de 72 horas para a agência forneça informações sobre a análise.

Porém, na avaliação de Castro Marques, o uso emergencial em outros países deve ser levado em consideração pela Anvisa. "Para atendimento emergencial, como está sendo usado em diversos países, como Argentina e Paraguai que tem agências rigorosas, conseguimos junto ao fundo 10 milhões de unidades para embarcar neste trimestre", disse.

Em caso de liberação, a previsão do presidente da União Química é que as 10 milhões de doses sejam entregues de janeiro a março pela Rússia.

"Caso haja aprovação, essas 10 milhões de unidades da Rússia fornecerá de imediato, embarcando em janeiro, fevereiro e março" disse.