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Brasil entra em estabilidade com média de mortes por covid-19 acima de mil

Brasil superou a marca de 8,7 milhões de casos e 215 mil mortes por covid-19 - Avener Prado/UOL
Brasil superou a marca de 8,7 milhões de casos e 215 mil mortes por covid-19 Imagem: Avener Prado/UOL

Colaboração para o UOL, em São Paulo

22/01/2021 18h09Atualizada em 22/01/2021 20h34

Pelo 2º dia consecutivo, o Brasil registrou uma média móvel acima de mil mortes por covid-19. Ainda assim, o país voltou a apresentar tendência de estabilidade na média. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.

Em boletim divulgado nesta sexta-feira (22), foram 1.001 mortes em média nos últimos 7 dias, o que representa uma estabilidade de 1% na comparação com 14 dias atrás. O país volta à estabilidade depois de duas semanas apresentando aceleração. No entanto, é uma estabilidade em números altos de mortes.

Ontem, a média móvel ficou em 1.010. A última vez na qual o país apresentou dois dias seguidos de média móvel de mortes acima de mil havia sido em 10 e 11 de janeiro, com 1.016 e 1.004, respectivamente.

O Brasil registrou pelo 4º dia seguido mais de mil novas mortes causadas pela covid-19 em um intervalo de 24 horas. De ontem para hoje, foram computados 1.071 novos óbitos provocados pela doença, com um total de 215.299 mortes desde o início da pandemia.

Nesta semana, entre os dias 19 e 21, o país já havia somado 1.183, 1.382 (maior marca desde 4 de agosto) e 1.335 (a terceira maior em 2021) novos óbitos, respectivamente, em um intervalo de 24 horas.

Nove estados apresentaram aceleração na média móvel de mortes, enquanto dez e o Distrito Federal tiveram queda. Outros sete se mantiveram estáveis.

Das regiões, apenas o Sul teve queda (-42%) e Norte apresentou alta (83%). As demais tiveram estabilidade: Centro-Oeste (-5%), Nordeste (2%) e Sudeste (7%).

O país chegou hoje a mais de 404 mil vacinados contra a covid-19. No total, 404.255 pessoas foram imunizadas, com base em números divulgados pelas secretarias de saúde de 11 estados e do Distrito Federal. O total de imunizados corresponde a 6,74% das doses disponíveis.

Houve 55.319 diagnósticos positivos para o novo coronavírus nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, o total de infectados em todo o país subiu para 8.755.133.

Dados da Saúde

Pelo 4º dia consecutivo, o Brasil registrou mais de mil novas mortes causadas pela covid-19 em um intervalo de 24 horas. Em boletim divulgado nesta sexta-feira (22), o Ministério da Saúde informou que foram computados 1.096 novos óbitos provocados pela doença de ontem para hoje, elevando o total de mortos desde o começo da pandemia para 215.243.

Pelos números do Ministério, entre os dias 19 e 21 de janeiro foram cadastradas 1.192, 1.340 e 1.316 novas mortes em um intervalo de 24 horas. As duas últimas são, respectivamente, a segunda e a terceira maiores marcas do ano - o recorde de 2021 foi verificado no dia 7, com 1.524.

Houve 56.552 diagnósticos positivos para o novo coronavírus de ontem para hoje. Desde o início da pandemia, o total de infectados em todo o país chegou a 8.753.920.

De acordo com o governo federal, 7.594.771 pessoas se recuperaram da doença, com outras 943.906 em acompanhamento.

Especialistas indicam cálculo de média móvel

Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.

O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-17%)

  • Minas Gerais: aceleração (45%)

  • Rio de Janeiro: estável (-9%)

  • São Paulo: estável (7%)

Região Norte

  • Acre: queda (-56%)

  • Amazonas: aceleração (146%)

  • Amapá: queda (-33%)

  • Pará: estável (14%)

  • Rondônia: estável (11%)

  • Roraima: aceleração (67%)

  • Tocantins: aceleração (37%)

Região Nordeste

  • Alagoas: aceleração (24%)

  • Bahia: estável (7%)

  • Ceará: queda (-26%)

  • Maranhão: estável (7%)

  • Paraíba: queda (-20%)

  • Pernambuco: aceleração (24%)

  • Piauí: aceleração (26%)

  • Rio Grande do Norte: queda (-19%)

  • Sergipe: aceleração (29%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-35%)

  • Goiás: estável (3%)

  • Mato Grosso: aceleração (32%)

  • Mato Grosso do Sul: queda (-25%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-65%)

  • Rio Grande do Sul: queda (-16%)

  • Santa Catarina: queda (-29%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.