Brasil entra em estabilidade com média de mortes por covid-19 acima de mil
Pelo 2º dia consecutivo, o Brasil registrou uma média móvel acima de mil mortes por covid-19. Ainda assim, o país voltou a apresentar tendência de estabilidade na média. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
Em boletim divulgado nesta sexta-feira (22), foram 1.001 mortes em média nos últimos 7 dias, o que representa uma estabilidade de 1% na comparação com 14 dias atrás. O país volta à estabilidade depois de duas semanas apresentando aceleração. No entanto, é uma estabilidade em números altos de mortes.
Ontem, a média móvel ficou em 1.010. A última vez na qual o país apresentou dois dias seguidos de média móvel de mortes acima de mil havia sido em 10 e 11 de janeiro, com 1.016 e 1.004, respectivamente.
O Brasil registrou pelo 4º dia seguido mais de mil novas mortes causadas pela covid-19 em um intervalo de 24 horas. De ontem para hoje, foram computados 1.071 novos óbitos provocados pela doença, com um total de 215.299 mortes desde o início da pandemia.
Nesta semana, entre os dias 19 e 21, o país já havia somado 1.183, 1.382 (maior marca desde 4 de agosto) e 1.335 (a terceira maior em 2021) novos óbitos, respectivamente, em um intervalo de 24 horas.
Nove estados apresentaram aceleração na média móvel de mortes, enquanto dez e o Distrito Federal tiveram queda. Outros sete se mantiveram estáveis.
Das regiões, apenas o Sul teve queda (-42%) e Norte apresentou alta (83%). As demais tiveram estabilidade: Centro-Oeste (-5%), Nordeste (2%) e Sudeste (7%).
O país chegou hoje a mais de 404 mil vacinados contra a covid-19. No total, 404.255 pessoas foram imunizadas, com base em números divulgados pelas secretarias de saúde de 11 estados e do Distrito Federal. O total de imunizados corresponde a 6,74% das doses disponíveis.
Houve 55.319 diagnósticos positivos para o novo coronavírus nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, o total de infectados em todo o país subiu para 8.755.133.
Dados da Saúde
Pelo 4º dia consecutivo, o Brasil registrou mais de mil novas mortes causadas pela covid-19 em um intervalo de 24 horas. Em boletim divulgado nesta sexta-feira (22), o Ministério da Saúde informou que foram computados 1.096 novos óbitos provocados pela doença de ontem para hoje, elevando o total de mortos desde o começo da pandemia para 215.243.
Pelos números do Ministério, entre os dias 19 e 21 de janeiro foram cadastradas 1.192, 1.340 e 1.316 novas mortes em um intervalo de 24 horas. As duas últimas são, respectivamente, a segunda e a terceira maiores marcas do ano - o recorde de 2021 foi verificado no dia 7, com 1.524.
Houve 56.552 diagnósticos positivos para o novo coronavírus de ontem para hoje. Desde o início da pandemia, o total de infectados em todo o país chegou a 8.753.920.
De acordo com o governo federal, 7.594.771 pessoas se recuperaram da doença, com outras 943.906 em acompanhamento.
Especialistas indicam cálculo de média móvel
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-17%)
- Minas Gerais: aceleração (45%)
- Rio de Janeiro: estável (-9%)
- São Paulo: estável (7%)
Região Norte
- Acre: queda (-56%)
- Amazonas: aceleração (146%)
- Amapá: queda (-33%)
- Pará: estável (14%)
- Rondônia: estável (11%)
- Roraima: aceleração (67%)
- Tocantins: aceleração (37%)
Região Nordeste
- Alagoas: aceleração (24%)
- Bahia: estável (7%)
- Ceará: queda (-26%)
- Maranhão: estável (7%)
- Paraíba: queda (-20%)
- Pernambuco: aceleração (24%)
- Piauí: aceleração (26%)
- Rio Grande do Norte: queda (-19%)
- Sergipe: aceleração (29%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-35%)
- Goiás: estável (3%)
- Mato Grosso: aceleração (32%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-25%)
Região Sul
- Paraná: queda (-65%)
- Rio Grande do Sul: queda (-16%)
- Santa Catarina: queda (-29%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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