Governo confirma contato da Pfizer por vacinas, mas achou oferta 'baixa'
O governo federal confirmou ontem que recebeu uma oferta por vacinas contra o coronavírus do laboratório norte-americano Pfizer, mas descartou a negociação por considerar a oferta de doses baixa. Segundo a nota oficial divulgada na noite de ontem no perfil do governo federal nas redes sociais, a negociação "causaria frustração a todos os brasileiros".
"Porém, apesar de todo o poder midiático promovido pelo laboratório, as doses iniciais oferecidas ao Brasil seriam mais uma conquista de marketing, branding e growth para a produtora de vacina, como já vem acontecendo em outros países. Já para o Brasil, causaria frustração em todos os brasileiros, pois teríamos, com poucas doses, que escolher, num país continental com mais de 212 milhões de habitantes, quem seriam os eleitos a receberem a vacina", diz um trecho do comunicado.
O contato com o Brasil teria sido feito pelo CEO da Pfizer, Albert Bourla, em carta, oferecendo 2 milhões de doses. A quantidade, considerada insuficiente pelo governo brasileiro, foi a mesma quantidade de doses da vacina de Oxford importadas pela Fiocruz na última sexta-feira. A empresa desenvolveu uma vacina contra a covid-19 em conjunto com a BioNTech.
Ainda na nota, o Governo Federal afirma que "nunca fechou as portas para a Pfizer". O comunicado cita ainda outros entraves para a negociação, como pedidos de isenção da Pfizer em caso de efeitos colaterais da vacina e de não punição em caso de atraso na entrega das doses.
Além disso, a Pfizer ainda não teria apresentado a minuta do seu contrato, que já teria sido solicitado, e nem uma data de previsão de protocolo da solicitação de autorização para uso emergencial ou mesmo o registro junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
"Em todas as tratativas, aguardamos um posicionamento diferente do laboratório, que contemple uma entrega viável e satisfatória, atendendo as estratégias do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, uma ação de valores mercadológicos e aplicação jurídica justa que atenda ambas as partes", completa o texto.
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