Impulsionado por aceleração no Norte, Brasil tem 1.058 novos óbitos
O Brasil chegou hoje ao sexto dia consecutivo com média de mortes por covid-19 acima de mil. Nos últimos sete dias, foram 1.058 óbitos em média provocados pela doença — maior número desde 4 de agosto, quando registrou 1.066. A alta média é impulsionada pela aceleração na região Norte (94%). O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, baseado nos dados das secretarias estaduais de saúde.
Nas últimas 24 horas, foram computadas 1.206 novas mortes causadas pela covid-19. Desde o início da pandemia, a doença provocou 218.918 óbitos em todo o país. Isso não indica quando as mortes de fato ocorreram, mas, sim, a data em que passaram a constar dos balanços oficiais.
Este é o quarto dia seguido no qual o país apresenta as maiores médias móveis de mortes em cinco meses. No sábado (23), domingo (24) e na segunda (25), foram, respectivamente, 1.021, 1.030 e 1.055 — esta última era, até então, a mais alta verificada desde 4 de agosto.
A variação da média móvel, na comparação com 14 dias atrás, foi de 6%, o que representa estabilidade, ainda que em números muito altos.
Das regiões, apenas o Sul teve queda (-25%). Além do Norte, Centro-Oeste (34%) também apresentou aceleração. As demais tiveram estabilidade: Nordeste (-1%) e Sudeste (1%).
Dos estados, 17 mais o Distrito Federal tiveram estabilidade. Cinco apresentaram aceleração e quatro tiveram queda.
De ontem para hoje, houve 63.626 diagnósticos positivos para o coronavírus no Brasil. O número de infectados chegou a 8.936.590 desde o começo da pandemia.
Vacinação no país
O país chegou hoje a mais de 840 mil vacinados contra a doença. No total, 844.015 pessoas foram imunizadas até o momento, de acordo com as informações divulgadas pelas secretarias de saúde de 17 estados e do Distrito Federal.
Dados da Saúde
O Ministério da Saúde divulgou hoje que o Brasil registrou 1.214 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. O total de óbitos causados pela doença em todo o país chegou a 218.878 desde o início da pandemia.
De ontem para hoje, foram computados 61.963 casos de covid-19 no Brasil. Desde o começo da pandemia, o número de infectados subiu para 8.933.356.
Segundo informações do governo federal, 7.798.655 pessoas se recuperaram da doença, com outras 915.823 em acompanhamento.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (-3%)
- Minas Gerais: aceleração (20%)
- Rio de Janeiro: estável (-13%)
- São Paulo: estável (3%)
Região Norte
- Acre: estável (13%)
- Amazonas: aceleração (157%)
- Amapá: queda (-30%)
- Pará: estável (15%)
- Rondônia: estável (15%)
- Roraima: aceleração (200%)
- Tocantins: estável (-9%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (13%)
- Bahia: estável (7%)
- Ceará: estável (-4%)
- Maranhão: estável (-15%)
- Paraíba: estável (1%)
- Pernambuco: estável (-13%)
- Piauí: estável (15%)
- Rio Grande do Norte: estável (5%)
- Sergipe: estável (-4%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estável (15%)
- Goiás: aceleração (77%)
- Mato Grosso: aceleração (60%)
- Mato Grosso do Sul: estável (-11%)
Região Sul
- Paraná: queda (-33%)
- Rio Grande do Sul: queda (-17%)
- Santa Catarina: queda (-17%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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