Pazuello pretende remover 1,5 mil pacientes do Amazonas para outros estados
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou hoje, em Manaus (AM), que o governo pretende remover 1,5 mil pacientes da covid-19 do Amazonas para outros estados. Até o momento, foram transferidos 300 pessoas para regiões que ofereceram suporte ao tratamento médico contra o vírus. O pronunciamento do ministro foi feito ao lado de Wilson Lima, governador do estado, e do prefeito de Manaus, David Almeida.
"Partimos para a remoção de pacientes, inicialmente para hospitais federais e agora para hospitais do SUS de estados que estão se oferecendo para receber os amazonenses que precisam ser tratados. Já tiramos 300 pessoas em aviões da força aérea. E o nosso objetivo é chegar em torno de 1500 pessoas removidas. Isso para que possamos equilibrar a quantidade de demanda e oferta por leitos em Manaus", esclareceu Pazuello.
O ministro também anunciou a ampliação de leitos em Manaus e a expansão da capacidade de produção de oxigênio medicinal pela empresa White Martins.
"Nesse aspecto, eu coloco aqui que estamos vendo, de maneira muito clara, como deve ser, a partir de já, e no futuro, a nossa situação hospitalar na Amazônia. Precisamos trabalhar com usinas geradoras de oxigênio individualizadas nos hospitais, concentradores de oxigênio e deixar o oxigênio de grande porte, esse comprado pela White Martins no Brasil, como backup. Usar de forma sustentável o oxigênio. Essa é a solução. Vamos caminhar para ela."
Pazuello admitiu que o saldo de contaminação pela covid-19 evoluiu de forma acelerada desde o início de janeiro, mas alegou que a situação "foi completamente desconhecida para todo mundo".
"Foi muito rápido. E isso aí, essa cepa que está sendo estudada aqui em Manaus, estamos observando que é uma cepa diferente. Essa cepa está sendo estudada em Oxford. Mandamos todo o material coletado para a Inglaterra para que a gente tenha uma posição exata sobre o grau de contaminação e agressividade dessa nova cepa."
Inauguração de novos leitos
Para reforçar o combate à covid-19 em Manaus, o HUGV (Hospital Universitário Getúlio Vargas) vai integrar a linha de frente a partir de hoje, com a expectativa de disponibilizar 150 leitos clínicos e 30 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Foram inaugurados 81 leitos, com dois concentradores de oxigênio no Hospital Nilton Lins, segundo anunciou Pazuello. Desse total, apenas 30 equipamentos estão em funcionamento hoje. A expectativa é que mais 22 leitos de UTI sejam criados no Nilton Lins.
O Hospital Delphina Aziz, referência no tratamento da covid-19 na região, foi ampliado por meio de uma enfermaria de campanha, instalada na área externa da unidade.
"No Delphina Aziz fizemos o modelo que considero que é exatamente o modelo que o MS preconiza: desbravar uma enfermaria de campanha em proveito de um hospital, usando as estruturas contratadas de pessoal, oxigênio, lixo hospitalar, apoio de medicamentos do hospital. Rapidamente você progride ao lado com uma enfermaria pronta", ressaltou Pazuello.
Ampliação do Comitê de Crise em Manaus
O Comitê de Crise, criado para o enfrentamento da pandemia no Amazonas, vai contar com a atuação de 10 ministérios e ações em mais áreas de regiões com aumento de casos da covid-19. O anúncio da ampliação foi feito hoje pelo ministro Eduardo Pazuello durante a reunião do grupo em Manaus. Com a nova configuração, o comitê passa a se chamar Comando Conjunto da Amazônia.
O ministro da Saúde determinou que seja criada uma logística integrada para que haja transporte, armazenamento e distribuição de oxigênio na capital do Amazonas. O esquema é realizado em conjunto com o Ministério da Infraestrutura e a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra) do Amazonas.
A meta é entregar, diariamente, 89 mil metros cúbicos de gás, suficientes para suprir as necessidades da rede hospitalar.
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