Pelo 2º dia, país tem maior média de mortes por covid-19 em 6 meses
O Brasil teve neste sábado (30), pelo segundo dia consecutivo, a maior média móvel de mortes por covid-19 em seis meses. Nos últimos sete dias, houve 1.071 óbitos, em média, provocados pela doença em todo o país, de acordo com o consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
É a maior marca desde 26 de julho, quando a média ficou em 1.074 mortes. Hoje é o décimo dia consecutivo no qual o país tem média móvel de óbitos por covid-19 acima de mil. A última vez na qual houve uma sequência tão longa foi entre 3 de julho e 2 de agosto (31 dias). Neste período, foi computado o recorde de 1.097 óbitos em média, verificado em 25 de julho.
Pelo quinto dia seguido, o Brasil registrou mais de mil novas mortes causadas pela covid-19. Pelos números do consórcio, foram computados 1.196 novos óbitos de ontem para hoje, elevando o total de mortes para 223.971 desde o início da pandemia. O Ceará não informou hoje a atualização no número de novos casos e de óbitos.
Nas últimas 24 horas, o Brasil apresentou 55.717 testes positivos para a covid-19, elevando para 9.175.194 o total de infectados desde o começo da pandemia.
O Brasil ultrapassou hoje a marca de 2 milhões de vacinados contra a covid-19. No total, 2.002.455 pessoas já foram imunizadas, de acordo com dados das secretarias de saúde de 25 estados e do Distrito Federal. No entanto, apenas 12 estados informaram atualizações desses dados neste sábado (30).
Especialistas indicam cálculo de média móvel
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (-2%)
- Minas Gerais: estável (5%)
- Rio de Janeiro: estável (-6%)
- São Paulo: estável (-4%)
Região Norte
- Acre: aceleração (45%)
- Amazonas: aceleração (97%)
- Amapá: aceleração (26%)
- Pará: aceleração (41%)
- Rondônia: aceleração (40%)
- Roraima: aceleração (94%)
- Tocantins: queda (-27%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (7%)
- Bahia: estável (8%)
- Ceará: aceleração (109%)
- Maranhão: estável (0%)
- Paraíba: estável (0%)
- Pernambuco: estável (-14%)
- Piauí: estável (-2%)
- Rio Grande do Norte: queda (-40%)
- Sergipe: queda (-31%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: aceleração (18%)
- Goiás: aceleração (53%)
- Mato Grosso: aceleração (48%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-19%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (92%)
- Rio Grande do Sul: queda (-24%)
- Santa Catarina: estável (-8%)
Dados do governo federal
O Brasil registrou 1.279 novas mortes provocadas pela covid-19 em um intervalo de 24 horas, segundo o Ministério da Saúde. Em boletim divulgado neste sábado (30), a pasta informou que são 223.945 óbitos desde o início da pandemia.
De ontem para hoje, houve 58.462 diagnósticos positivos para o novo coronavírus em todo o país. Desde o começo da pandemia, o total de infectados chegou a 9.176.975.
Segundo a pasta, 7.998.246 pessoas se recuperaram da doença, enquanto outras 954.784 estão em acompanhamento.
Bolsonaro diz que comprará vacina russa se Anvisa aprovar
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou hoje que vai comprar a vacina russa contra a covid-19 Sputnik V caso ela seja aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
"Se a Anvisa aprovar, a gente vai comprar a Sputnik. Tem um 'cheque' meu, assinado em dezembro, de R$ 20 bilhões para comprar esse material", afirmou na manhã de hoje, em entrevista transmitida pela CNN Brasil. O presidente deixou o Palácio do Alvorada, em Brasília, para fazer a revisão de sua moto.
Nos últimos meses,aApós fazer críticas à CoronaVac, vacina produzida pelo Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, Bolsonaro passou a dizer que compraria qualquer vacina que fosse aprovada pela Anvisa, mas não havia feito menção direta à Sputnik V.
Governo decreta lockdown em região do PA
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), anunciou hoje que a região do Baixo Amazonas e Calha Norte entrará em lockdown por causa da identificação de dois casos da variante do Amazonas do novo coronavirus na cidade de Santarém (PA).
A medida valerá a partir das 0h de segunda-feira (1º). A região faz divisa com Amazonas, que enfrentou um colapso no sistema de saúde diante do aumento de casos de covid-19 na última semana. A nova variante, que foi identificada primeiro em Manaus e se tornou predominante no estado, é apontada como responsável pela explosão da doença diante de um maior potencial de transmissibilidade.
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