União Química crê que resultados da Sputnik V darão 'segurança' à Anvisa
O diretor de Negócios Internacionais da União Química, Rogério Rosso, empresa que produzirá a vacina contra covid-19 Sputnik V no Brasil, comemorou hoje os dados publicados na revista científica The Lancet", que mostram que o imunizante tem 91,6% de eficácia.
Em entrevista à CNN, Rosso disse que acreditar que o resultado contribuía para que a empresa consiga em breve uma autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para importar lotes emergenciais da vacina.
"Acho que isso dá uma garantia muito grande, uma segurança muito grande até para a Anvisa tomar sua decisões a partir de agora com esse estudo publicado", disse.
Em sua avaliação, a desconfiança com o imunizante se dissipou e hoje 16 países já o utilizam em suas campanhas de vacinação.
"Está muito claro que o que mais precisamos hoje são alternativas de vacinas, independente da vacina, desde que seja segura e eficaz. A gente acredita que com isso consiga muito em breve autorização da Anvisa para que a gente possa importar lotes emergenciais e daqui algumas semanas, meses, a produção aqui no Brasil", acrescentou ele.
Rosso disse ainda que vários governadores já procuraram a empresa, manifestando interesse na aquisição do imunizante, mas destacou que o planejamento da empresa é para fornecer doses ao PNI (Programa Nacional de Imunizações).
A União Química tenta protocolar um pedido de uso emergencial da Sputnik V na Anvisa, mas ainda não conseguiu. Segundo a agência, faltam documentos como a autorização para a realização dos testes da fase 3.
Na semana passada, a agência e a vigilância sanitária do Distrito Federal inspecionaram a produção de insumo à vacina, na fábrica da União Química (Bthek) em Santa Maria, nos arredores de Brasília.
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