Brasil segue com média de mortes acima de mil e vacinação abaixo de 2%

O Brasil apresentou mais um dia com média de mortes por covid-19 acima de mil óbitos - já é o 17º. Com 942 mortes em 24 h, o país chegou à média de 1.014 mortes por dia na última semana, de acordo com o consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.

Do outro lado, mais de 3,5 milhões de brasileiros já foram vacinados, de acordo com as informações fornecidos pelas secretarias de saúde ao consórcio. Com mais de 166 mil imunizados nas últimas 24 horas, este grupo representa apenas 1,67% da população brasileira.

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Média de mortes continua acima de mil por dia

Este é o segundo período mais longo em toda a pandemia no qual o Brasil registra média móvel acima de mil mortes por covid-19 nos sete dias anteriores. A maior sequência ocorreu entre 3 de julho e 2 de agosto (31 dias). Neste intervalo, houve o recorde de 1.097 óbitos em média, verificado em 25 de julho.

Em 29 e 30 de janeiro, o Brasil apresentou as maiores médias de mortes por covid-19 dos últimos seis meses: 1.068 e 1.071, respectivamente.

A variação na comparação com 14 dias atrás é de -2%, o que indica estabilidade, ainda que em números muito altos. Entre as regiões, todas seguiram a mesma tendência: Centro-Oeste (-2%), Nordeste (9%), Norte (4%), Sudeste (-5%) e Sul (-7 %).

Dos estados, oito indicaram alta e sete tiveram queda. O restante e o Distrito Federal também se mantiveram estáveis.

De acordo com a Universidade Johns Hopkins, que acompanha a evolução da pandemia no mundo, o Brasil segue como o terceiro país com mais casos da doença, atrás de Estados Unidos e Índia, e o segundo em número total de mortes, atrás apenas dos EUA.

Dados da Saúde

De acordo com o Ministério da Saúde, o país registrou 978 novas mortes provocadas por covid-19 nas últimas 24 horas. Com isso, país chega 231.012 óbitos pela doença desde o início da pandemia.

De ontem para hoje, o Brasil teve 50.630 diagnósticos positivos para o novo coronavírus. Desde o começo da pandemia, o número de infectados em todo o país subiu para 9.497.795.

No boletim de hoje, o governo federal informou ainda que 8.363.677 pessoas se recuperaram da doença e outras 903.106 seguem em acompanhamento.

Especialistas indicam cálculo de média móvel

Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.

O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

• Espírito Santo: estável (-10%)

• Minas Gerais: estável (7%)

• Rio de Janeiro: queda (-23%)

• São Paulo: estável (2%)

Região Norte

• Acre: aceleração (24%)

• Amazonas: estável (-4%)

• Amapá: queda (-31%)

• Pará: aceleração (44%)

• Rondônia: estável (5%)

• Roraima: aceleração (111%)

• Tocantins: aceleração (16%)

Região Nordeste

• Alagoas: estável (-6%)

• Bahia: aceleração (26%)

• Ceará: aceleração (21%)

• Maranhão: aceleração (95%)

• Paraíba: estável (-5%)

• Pernambuco: estável (-14%)

• Piauí: aceleração (35%)

• Rio Grande do Norte: queda (-21%)

• Sergipe: queda (-34%)

Região Centro-Oeste

• Distrito Federal: estável (15%)

• Goiás: estável (11%)

• Mato Grosso: estável (-3%)

• Mato Grosso do Sul: queda (-27%)

Região Sul

• Paraná: aceleração (17%)

• Rio Grande do Sul: queda (-18%)

• Santa Catarina: queda (-22%)