Prefeitura do Rio pede doses adiantadas para manter vacinação; estado nega
O secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Carlos Alberto Chaves, afirmou que não vai distribuir, de maneira antecipada, as doses armazenadas para a segunda etapa da vacinação no estado. Algumas cidades, entre elas a capital, pedem que o lote seja adiantado para usá-las ainda como primeira dose e evitar a interrupção da vacinação.
"Temos 92 municípios com os mesmos direitos e deveres. Eu não tenho nenhuma sinalização de entrega de qualquer novo imunizante, e como gestor estadual, tenho que tomar cuidado. Temos que seguir o Plano Nacional de Imunização. A pressão é ceder ao Rio de Janeiro as vacinas que estão guardadas. Eu não vou fazer isso", disse Chaves em entrevista à CNN Brasil.
A negativa é referente ao pedido do secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, para antecipar as doses que estão armazenadas com o governo do estado. Esse lote, a princípio, contém as doses de reforço, que devem ser aplicadas daqui a 28 dias. Com pouco estoque, a capital diz que pode interromper a vacinação amanhã.
Outra saída para a cidade cumprir o calendário, que pretende imunizar 105 mil pessoas na semana que vem, seria receber, até terça-feira, uma nova remessa de imunizantes da AstraZeneca/Oxford. A questão é que não há garantias de que um novo lote chegará.
"Em nenhum momento recebi (do Ministério da Saúde) previsão. O que eu ouvi ontem é que 'estão dizendo' que pode chegar dia 23. Se disserem para mim que vai chegar, documentado as vacinas no dia X e que eu consiga de 14 a 29 dias ter a segunda dose, eu distribuo as doses que temos no dia seguinte. O gerúndio na saúde não funciona", completou Chaves.
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