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Anvisa diz que aguarda resposta sobre pendências em pedido da Fiocruz

Imunizante teve pedido feito pela Fiocruz uma semana antes da vacina da Pfizer, que foi aprovada hoje - Governo do Rio Grande do Sul/Divulgação
Imunizante teve pedido feito pela Fiocruz uma semana antes da vacina da Pfizer, que foi aprovada hoje Imagem: Governo do Rio Grande do Sul/Divulgação

Do UOL, em São Paulo

23/02/2021 21h03

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deu atualizações hoje sobre como anda o pedido de registro definitivo da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca/Oxford, que foi feito pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Segundo a agência federal, o processo aguarda ainda a resposta sobre pendências apontadas pela Anvisa para chegar a um parecer final.

A explicação foi dada no dia em que Anvisa concedeu o registro de uso definitivo para a vacina da Pfizer/Biontech, o primeiro do tipo no país. A autorização foi definida 18 dias após a entrada do pedido. Já a solicitação da Fiocruz, que produzirá a vacina de Oxford no Brasil, foi feita uma semana antes, em 29 de janeiro.

"A gente fez uma reunião com eles semana passada e existem ainda informações que precisam ser complementadas. A gente precisa ter dados da vacina fabricada aqui no Brasil porque o pedido pressupõe essa fabricação aqui, e como ainda estão no processo de fabricação, a gente solicitou a complementação e agora está na pendência deles", disse o gerente-geral de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes.

Profissionais da agência federal concederam entrevista coletiva hoje em Brasília para detalhar o processo que levou à aprovação do primeiro registro definitivo de uma vacina contra a covid-19 no país. Com a autorização, o imunizante da Pfizer pode ser aplicado não apenas em grupos prioritários, como vem sendo feito com a CoronaVac e a vacina de Oxford, mas também para a população em geral.

O tempo de conclusão do pedido da Pfizer impressionou por ser bem mais curto do que o usual praticado pela Anvisa, de 60 dias, e o anúncio de hoje não era esperado. O contexto levou a um questionamento na entrevista coletiva se o imunizante da Pfizer não teria sido priorizado na análise da Anvisa.

"De forma alguma, na verdade o da AstraZeneca já vinha [sendo analisado] pelo processo de submissão contínua. O da Pfizer acabou sendo mais rápido por questões circunstanciais, porque quando a Pfizer submeteu - a gente sempre faz reuniões e sempre sabe o que a empresa vai submeter -, a gente sabia que no caso da Pfizer teria mais informações do que da AstraZeneca", explicou Mendes.

"Então já era esperado que houvesse um tempo maior de análise, até pela empresa [AstraZeneca]", completou o gerente da Anvisa.