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Brasil supera 6 milhões de vacinados contra covid-19, 2,87% da população

18.jan.2021 - A técnica de enfermagem Maria Silvana Souza Reis, 51, é a primeira pessoa no Ceará a ser vacinada com a CoronaVac, no Hospital Leonardo da Vinci, em Fortaleza - Jarbas Oliveira/Estadão Conteúdo
18.jan.2021 - A técnica de enfermagem Maria Silvana Souza Reis, 51, é a primeira pessoa no Ceará a ser vacinada com a CoronaVac, no Hospital Leonardo da Vinci, em Fortaleza Imagem: Jarbas Oliveira/Estadão Conteúdo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

23/02/2021 20h13

Nesta terça-feira (23), o Brasil chegou à marca dos 6 milhões de vacinados contra a covid-19. Até o momento, 6.087.811 de brasileiros receberam ao menos uma dose da vacina, o equivalente a 2,87% da população nacional. O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, com base nos dados divulgados pelas secretarias estaduais de saúde.

De ontem para hoje, 105.171 pessoas receberam a primeira dose de imunizantes. Já a segunda dose foi aplicada em 160.613 brasileiros nas últimas 24 horas.

No total, 1.429.618 pessoas receberam as duas doses dos imunizantes, seguindo recomendação dos laboratórios que produzem a Oxford/AstraZeneca e a CoronaVac. O número representa apenas 0,68% da população do país.

Proporcionalmente, o Amazonas é o estado com o maior percentual de pessoas imunizadas. Até o momento, 222.068 habitantes receberam pelo menos uma dose da vacina, o equivalente a 5,28% da população do estado. Já o Pará foi quem menos aplicou, em termos percentuais, a primeira dose de imunizante: apenas 1,44% dos habitantes.

Mato Grosso do Sul lidera entre os estados que, proporcionalmente, mais vacinaram com as duas doses: 1,44% da população do estado. Seguido por Roraima que atingiu hoje 1% de sua população vacinada integralmente.

Anvisa aprova uso definitivo da vacina da Pfizer

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou hoje o pedido de registro definitivo da vacina contra a covid-19 produzida pela Pfizer e pela Biontech. É a primeira autorização dessa natureza para um imunizante contra o coronavírus no Brasil e em toda a América Latina.

Este tipo de autorização permite que a farmacêutica comercialize doses para aplicação em massa em toda a população brasileira. Por enquanto, porém, o laboratório ainda não assinou contrato de venda com o Ministério da Saúde e não há doses disponíveis para aplicação.

Até agora, a Anvisa havia aprovado apenas o uso emergencial das vacinas CoronaVac — do Instituto Butantan e do laboratório Sinovac — e Oxford/AstraZeneca. A Fiocruz, que produz esta segunda no Brasil, também já solicitou o registro definitivo, mas ainda não foi autorizado.

Após o anúncio, o STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria para manter a liminar do ministro Ricardo Lewandowski que permite que estados e municípios comprem vacinas internacionais mesmo que os imunizantes ainda não tenham registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.