Topo

Esse conteúdo é antigo

Doria: Butantan liberará 30 mi de doses à Saúde se não houver exclusividade

João Dória mostra caixa da CoronaVac. Governo federal tem contrato de exclusividade para 100 milhões de doses iniciais - DANILO FERNANDES/FRAMEPHOTO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO
João Dória mostra caixa da CoronaVac. Governo federal tem contrato de exclusividade para 100 milhões de doses iniciais Imagem: DANILO FERNANDES/FRAMEPHOTO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO

Leonardo Martins, Lucas Borges Teixeira, Rafael Bragança e Allan Brito

Do UOL, em São Paulo, e colaboração para o UOL

24/02/2021 15h22

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse hoje que o Instituto Butantan atenderá ao pedido do Ministério da Saúde para fornecer 30 milhões de doses adicionais da CoronaVac, além dos 100 milhões que já estão previstos por dois contratos assinados entre a pasta chefiada pelo ministro Eduardo Pazuello e o Butantan. No entanto, há uma condicionante para que o acordo seja firmado, segundo o tucano.

Diferentemente do que ocorreu nos últimos dois contratos assinados entre as partes para o fornecimento de 46 milhões de doses e, posteriormente, mais 54 milhões, o governo paulista diz que não aceitará que o ministério tenha a exclusividade sobre todas as doses negociadas.

Atualmente, os contratos obrigam o Butantan a fornecer doses importadas ou produzidas nacionalmente apenas para o PNI (Programa Nacional de Imunização) enquanto não for completado o montante de 100 milhões de doses entregues à pasta de Pazuello.

"Vamos atender o pedido de mais 30 milhões de doses do Ministério da Saúde, desde que não seja exigida a exclusividade de venda para o Ministério da Saúde", afirmou Doria durante entrevista coletiva sobre a pandemia de covid-19.

"Desta maneira outros estados, governos, poderão adquirir a vacina do Butantan de acordo com sua conveniência. O estado de São Paulo fará isso e também vamos comprar 20 milhões de doses se necessário for", acrescentou o governador paulista, que pretende negociar doses da CoronaVac com governadores de outros estados.

A ideia da gestão de Doria é que, além dos 30 milhões de doses que serão fornecidas em sua maioria ao ministério, o governo paulista também adquira mais 20 milhões de doses da CoronaVac para conseguir cumprir a meta de imunizar toda a população do estado com duas doses de vacinas contra a covid-19 até o final do ano.

Em outras oportunidades, o governador já afirmou que esses 20 milhões de doses podem ser de outra vacina desenvolvida na China caso a Sinovac, que produz doses e o insumo da CoronaVac, tenha dificuldades de fornecimento para o estado paulista.