Um dia após recordes, Brasil registra 2ª maior média de mortos da pandemia
O Brasil registrou hoje a segunda maior média de mortes por covid-19 de toda a pandemia — um dia depois de bater o recorde nesse índice e de computar a maior marca de óbitos em 24 horas. Foram 1.148 óbitos em média nos últimos sete dias.
Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, baseado nas informações transmitidas pelas secretarias estaduais de saúde.
Até o início desta semana, a média mais alta havia sido verificada em 14 de fevereiro: 1.105 — marca que foi superada pela primeira vez na quarta-feira (24), com 1.129. Ontem, a média atingiu o seu maior patamar com 1.150.
O país se encontra atualmente em estabilidade na comparação com a média móvel de 14 dias atrás. Mas é uma estabilidade em números altos: já são 37 dias com a média de óbitos acima de mil, o maior período de toda a pandemia. Na quarta, o Brasil chegou aos 250 mil mortos em decorrência da covid.
Foram computadas nas últimas 24 horas, 1.327 novas mortes causadas pela doença — o quarto dia seguido com mais de 1.300 vítimas. Entre terça e quinta, foram 1.370, 1.433 e 1.582, respectivamente. Os números não indicam quando os óbitos ocorreram de fato, mas, sim, quando passaram a contar dos balanços oficiais. O total de vítimas até agora é de 252.988.
De ontem para hoje houve uma redução no número de estado com tendência de aceleração de 13 para 10. Apenas 3 apresentaram tendência de queda e outros 13 mais o Distrito Federal estão em situação estável.
Das regiões, apenas o Norte teve queda (-25%) após dias seguidos em estabilidade. Já Nordeste (40%) e Sul (50%) tiveram aceleração. Centro-Oeste (-4%) e Sudeste (-2%) se mantiveram estáveis.
Nas últimas 24 horas, houve 63.908 testes positivos para o novo coronavírus em todo o país. Desde o início da pandemia, o total de infectados subiu para 10.457.794.
Dados da Saúde
O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira (26) que o Brasil registrou 1.337 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Pelos números da pasta, este é o 4º dia consecutivo com mais de 1,3 mil novas vítimas computadas entre um dia e outro. Desde o início da pandemia, houve 252.835 óbitos provocados pela doença no país.
Entre terça (23) e quinta (25), foram cadastradas 1.386, 1.428 e 1.541 mortes, respectivamente - esta última marca foi a segunda maior em toda a pandemia, pelos dados do governo, atrás apenas das 1.595 vítimas registradas em 29 de julho.
Foram confirmados 65.169 casos da doença de ontem para hoje, de acordo com o Ministério. O total de infectados em todo o país chegou a 10.455.630 desde o começo da pandemia.
Segundo o governo federal, 9.355.974 pessoas se recuperaram da covid-19 até o momento, com outras 846.821 em acompanhamento.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (-13%)
- Minas Gerais: estável (-12%)
- Rio de Janeiro: estável (10%)
- São Paulo: estável (-1%)
Região Norte
- Acre: estável (13%)
- Amazonas: queda (-52%)
- Amapá: queda (-35%)
- Pará: aceleração (62%)
- Rondônia: estável (5%)
- Roraima: queda (-21%)
- Tocantins: estável (5%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (12%)
- Bahia: aceleração (66%)
- Ceará: aceleração (45%)
- Maranhão: aceleração (34%)
- Paraíba: aceleração (29%)
- Pernambuco: estável (-13%)
- Piauí: aceleração (60%)
- Rio Grande do Norte: aceleração (78%)
- Sergipe: estável (7%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estável (13%)
- Goiás: estável (-13%)
- Mato Grosso: estável (-8%)
- Mato Grosso do Sul: estável (9%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (37%)
- Rio Grande do Sul: aceleração (51%)
- Santa Catarina: aceleração (70%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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