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Um dia após recordes, Brasil registra 2ª maior média de mortos da pandemia

Pelo 4º dia consecutivo, Brasil tem mais de 1,3 mil mortes por covid registradas em 24 horas - Edmar Barros/Futura Press/Estadão Conteúdo
Pelo 4º dia consecutivo, Brasil tem mais de 1,3 mil mortes por covid registradas em 24 horas Imagem: Edmar Barros/Futura Press/Estadão Conteúdo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

26/02/2021 18h20Atualizada em 26/02/2021 20h51

O Brasil registrou hoje a segunda maior média de mortes por covid-19 de toda a pandemia — um dia depois de bater o recorde nesse índice e de computar a maior marca de óbitos em 24 horas. Foram 1.148 óbitos em média nos últimos sete dias.

Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, baseado nas informações transmitidas pelas secretarias estaduais de saúde.

Até o início desta semana, a média mais alta havia sido verificada em 14 de fevereiro: 1.105 — marca que foi superada pela primeira vez na quarta-feira (24), com 1.129. Ontem, a média atingiu o seu maior patamar com 1.150.

O país se encontra atualmente em estabilidade na comparação com a média móvel de 14 dias atrás. Mas é uma estabilidade em números altos: já são 37 dias com a média de óbitos acima de mil, o maior período de toda a pandemia. Na quarta, o Brasil chegou aos 250 mil mortos em decorrência da covid.

Foram computadas nas últimas 24 horas, 1.327 novas mortes causadas pela doença — o quarto dia seguido com mais de 1.300 vítimas. Entre terça e quinta, foram 1.370, 1.433 e 1.582, respectivamente. Os números não indicam quando os óbitos ocorreram de fato, mas, sim, quando passaram a contar dos balanços oficiais. O total de vítimas até agora é de 252.988.

De ontem para hoje houve uma redução no número de estado com tendência de aceleração de 13 para 10. Apenas 3 apresentaram tendência de queda e outros 13 mais o Distrito Federal estão em situação estável.

Das regiões, apenas o Norte teve queda (-25%) após dias seguidos em estabilidade. Já Nordeste (40%) e Sul (50%) tiveram aceleração. Centro-Oeste (-4%) e Sudeste (-2%) se mantiveram estáveis.

Nas últimas 24 horas, houve 63.908 testes positivos para o novo coronavírus em todo o país. Desde o início da pandemia, o total de infectados subiu para 10.457.794.

Dados da Saúde

O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira (26) que o Brasil registrou 1.337 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Pelos números da pasta, este é o 4º dia consecutivo com mais de 1,3 mil novas vítimas computadas entre um dia e outro. Desde o início da pandemia, houve 252.835 óbitos provocados pela doença no país.

Entre terça (23) e quinta (25), foram cadastradas 1.386, 1.428 e 1.541 mortes, respectivamente - esta última marca foi a segunda maior em toda a pandemia, pelos dados do governo, atrás apenas das 1.595 vítimas registradas em 29 de julho.

Foram confirmados 65.169 casos da doença de ontem para hoje, de acordo com o Ministério. O total de infectados em todo o país chegou a 10.455.630 desde o começo da pandemia.

Segundo o governo federal, 9.355.974 pessoas se recuperaram da covid-19 até o momento, com outras 846.821 em acompanhamento.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: estável (-13%)

  • Minas Gerais: estável (-12%)

  • Rio de Janeiro: estável (10%)

  • São Paulo: estável (-1%)

Região Norte

  • Acre: estável (13%)

  • Amazonas: queda (-52%)

  • Amapá: queda (-35%)

  • Pará: aceleração (62%)

  • Rondônia: estável (5%)

  • Roraima: queda (-21%)

  • Tocantins: estável (5%)

Região Nordeste

  • Alagoas: estável (12%)

  • Bahia: aceleração (66%)

  • Ceará: aceleração (45%)

  • Maranhão: aceleração (34%)

  • Paraíba: aceleração (29%)

  • Pernambuco: estável (-13%)

  • Piauí: aceleração (60%)

  • Rio Grande do Norte: aceleração (78%)

  • Sergipe: estável (7%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: estável (13%)

  • Goiás: estável (-13%)

  • Mato Grosso: estável (-8%)

  • Mato Grosso do Sul: estável (9%)

Região Sul

  • Paraná: aceleração (37%)

  • Rio Grande do Sul: aceleração (51%)

  • Santa Catarina: aceleração (70%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.