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Internações e mortes só deverão diminuir em maio ou junho, diz Dimas Covas

Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, em coletiva no Palácio dos Bandeirantes - Aloísio Maurício/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, em coletiva no Palácio dos Bandeirantes Imagem: Aloísio Maurício/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

26/02/2021 08h04

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que o Brasil só deverá ter uma diminuição no número de internações e mortes por covid-19 em maio ou junho, quando a vacinação conseguir alcançar a população acima de 60 anos.

"Imagino que vamos aguardar mais tempo, até maio ou junho, para cobrir esse grupo [pessoas acima de 60 anos] e, aí sim, ter uma diminuição no número de internações e óbitos", declarou Covas em entrevista à GloboNews na manhã de hoje.

O diretor do Butatan afirmou que o instituto está "trabalhando dia e noite" para acelerar a produção de vacinas, mas que elas "não brotam do chão". Segundo ele, outras vacinas, como a da Oxford/AstraZeneca, precisariam ter uma participação maior no Plano Nacional de Imunização.

"Estamos cumprindo nossa parte e fazendo um esforço para acelerar isso, mas o Brasil precisa de mais vacinas. Outras vacinas contratadas pelo Ministério da Saúde poderiam ter mais participação, aí sim poderíamos ter vacinação mais rápida e cobrir, principalmente, a população acima de 60 anos", disse.

Covas afirmou ainda que, embora a vacinação seja importante, o Brasil precisa diminuir a circulação do vírus e suas variantes —por meio do uso de máscara, distanciamento social e medidas de restrição— para que não sofra com um colapso no sistema de saúde.

"Se o Brasil não agir rapidamente, pode se atingido negativamente de forma maior do que na primeira onda. Araraquara, Manaus, já está acontecendo e pode se repetir. Vírus pode atingir um grande número de pessoas e lotar nossas UTIs", declarou.