Brasil tem 3% da população vacinada após 40 dias da 1ª imunização
Quarenta dias após a enfermeira Mônica Calazans se tornar a primeira pessoa vacinada no Brasil contra a covid-19, o país conseguiu imunizar apenas 3% da sua população com ao menos uma dose dos imunizantes CoronaVac e Oxford. Já a porcentagem de brasileiros inteiramente vacinados com as duas doses não chega a 1%.
Até o momento, 6.422.545 brasileiros receberam pelo menos uma dose de vacina. O número corresponde a 3,03% da população nacional. O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, baseado nas informações divulgadas pelas secretarias estaduais de saúde.
Nas últimas 24 horas, a aplicação da primeira dose foi realizada em 84.408 pessoas. Outras 119.251 receberam a segunda dose de ontem para hoje.
Desde terça-feira foram registrados números maiores de pessoas recebendo a segunda dose das vacinas do que a primeira. Alguns estados brasileiros vêm tendo problemas com a continuidade da vacinação devido a falta dos imunizantes, e capitais chegaram a anunciar a paralisação da primeira dose da vacinação.
Já para a segunda dose, o Ministério da Saúde havia recomendado às cidades que reservassem metade dos imunizantes a fim de garantir a aplicação integral das vacinas.
No total, 1.870.032 brasileiros receberam as duas doses de imunizante, conforme recomendação dos laboratórios que produzem a CoronaVac e a Oxford/AstraZeneca. O número equivale a apenas 0,88% da população do país.
O Amazonas permanece na liderança entre os estados que, proporcionalmente, contam com o maior percentual de vacinados: 236.502 habitantes receberam pelo menos uma dose do imunizante, o equivalente a 5,62% da população do estado. Já o Pará continua como quem menos aplicou, em termos percentuais, a primeira dose: 1,6% dos seus habitantes.
Mato Grosso do Sul segue em primeiro entre os estados que, proporcionalmente, mais distribuíram as duas doses: 1,57% de sua população.
Justiça determina que governo do AM compre vacinas
A juíza federal Jaiza Maria Pinto Fraxe determinou ontem que o governo do Amazonas use, em 10 dias, R$ 150 milhões do FTI (Fundo de Fomento ao Turismo, Infraestrutura, Serviços e Interiorização do Desenvolvimento) para compra de vacinas contra a covid-19. A decisão é uma resposta à ação civil pública movida pelas Defensoria Pública da União e pela Defensoria Pública do Estado.
O pedido das defensorias tem como objetivo atingir a imunização de, pelo menos, 70% da população, sem prejuízo às prioridades definidas no PNI (Plano Nacional de Imunização), nas cidades de Manaus, Tefé, Iranduba, Itacoatiara, Parintins, Coari e Tabatinga.
Em seu despacho, a magistrada ressalta que, conforme dados oficiais, a quantidade de óbitos registrados em janeiro e fevereiro já superou o total do ano passado.
Ela também considerou o argumento de que o estado do Amazonas já fez a reserva de R$ 150 milhões do FTI, inclusive com a aprovação da Assembleia Legislativa para a aquisição das vacinas, mas ainda não sinalizou a compra.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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