MPF, MPT e MPSE pedem que Sergipe amplie restrições para evitar colapso
O Ministério Público do Trabalho (MPT) ao lado do Ministério Público Federal em Sergipe (MPF/SE) e do Ministério Público do Estado de Sergipe (MPSE) encaminharam um ofício ao governador Belivaldo Chagas (PSD) pedindo que as medidas sanitárias no estado sejam avaliadas, diante do risco iminente de colapso do sistema de saúde local.
O documento foi enviado no último sábado (27) e pede que o toque de recolher seja adotado durante determinados períodos do dia, além da suspensão de eventos e reuniões. O intuito das medidas é evitar que haja aglomeração e disseminação da covid-19.
Os Ministérios Públicos querem a suspensão, nos finais de semana, de atividades presenciais como serviços prestados em shopping centers e centros comerciais, bares, restaurantes, lanchonetes, pizzarias, lojas de conveniência e cafeterias, com a finalidade de conter a disseminação nos dias de maior aglomeração decorrentes de atividades de lazer, podendo funcionar em sistema remoto ou de entregas.
O pedido é baseado em um levantamento que mostra a aceleração da pandemia no estado. A projeção foi feita pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), que alerta para um novo pico de casos entre os dias 20 de março e 10 de abril.
Os leitos das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) destinados aos pacientes da covid-19 na rede pública e privada estão atingindo a capacidade máxima de ocupação. Até o dia 25 de fevereiro, 95% dos leitos disponíveis estavam em utilização na rede privada, enquanto a rede pública tinha 80% na mesma data.
O risco de colapso do sistema de saúde em Sergipe, citado pelo MPF/SE, MPT e MPSE, também leva em conta a redução do número de leitos de UTI para os pacientes diagnosticados com o novo coronavírus, em comparação com o ano de 2020. O estado alcançou a marca de 203 leitos intensivos e hoje conta com apenas 166 disponíveis.
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