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Nove estados têm mais de 90% de taxa de ocupação de leitos para covid-19

Do UOL, em São Paulo

02/03/2021 21h16

Nove estados registram mais de 90% de ocupação de leitos de UTI para covid-19, alerta um boletim da Fiocruz divulgado hoje. Segundo o laboratório, é a primeira vez desde o início da pandemia que se verifica um agravamento simultâneo de diversos indicadores no Brasil, como a alta do número de casos e de óbitos, e a alta positividade de testes e sobrecarga dos hospitais.

Entre os estados com alto indíce de lotação nas UTIs de hospitais, estão: Santa Catarina (99%), Rondônia (97%), Ceará (93%), Pernambuco (93%), Acre (92%), Amazonas (92%), Paraná (92%), Rio Grande do Norte (91%) e o Distrito Federal (91%). Dos estados do Norte, apenas o Amapá (64%) se mantém numa zona intermediária.

Outros sete estados têm taxa entre 63% e 76%. Em todo o país, apenas Sergipe está fora do zona de alerta, com 59% da ocupação de leitos.

Hoje, pelo quarto dia consecutivo, o Brasil apresentou a maior média móvel de mortes desde o início da pandemia: 1.274. Desde ontem, o país voltou a ter tendência de aceleração na comparação com 14 dias atrás. Hoje a alta foi de 23%.

Ainda de acordo com informações da Fiocruz, entre as 27 capitais, todas têm taxa de ocupação de leitos de UTI para covid-19 adulto acima de 72%. Veja:

  • Porto Velho (100%)
  • Florianópolis (98%)
  • Curitiba (95%)
  • Goiânia (95%)
  • Teresina (94%)
  • Natal (94%)
  • Campo Grande (93%)
  • Rio Branco (93%)
  • Fortaleza (92%)
  • Manaus (92%)
  • Brasília (91%)
  • São Luís (91%)
  • Rio de Janeiro (88%)
  • João Pessoa (87%)
  • Cuiabá (85%)
  • Palmas (85%)
  • Belém (84%)
  • Salvador (83%)
  • Boa Vista (82%)
  • Porto Alegre (80%)
  • São Paulo (76%)
  • Belo Horizonte (75%)
  • Vitória (75%)
  • Recife (73%)
  • Macapá (72%)

Os dados são muito preocupantes, mas cabe sublinhar que são somente a "ponta do iceberg".
Fiocruz

Em seu boletim, a Fiocruz também frisou que, em alguns estados brasileiros, as taxas de ocupação em hospitais privados são até mais elevadas do que as do SUS (Sistema Único de Saúde).

Como medida de supressão da pandemia, a Fiocruz cita a adoção de restrições mais rigorosas para a circulação de pessoas e também em relação ao funcionamento das atividades não essenciais. O laboratório ainda pede que se leve em consideração a situação epidemiológica de cada região e que as avaliações aconteçam semanalmente "a partir de critérios técnicos como taxas de ocupação de leitos e tendência de elevação no número de casos e óbitos".