Com 96% das UTIs ocupadas, Curitiba tem protestos contra lockdown
Em meio as novas restrições anunciadas pela prefeitura, Curitiba teve hoje um protesto contra o lockdown e pela reabertura do comércio. Manifestantes — muitos deles carregando bandeiras do Brasil — levavam cartazes com críticas ao prefeito Rafael Greca (DEM) e demonstrações de apoio a um suposto "tratamento precoce" contra o coronavírus.
"Não queremos vacina, temos a cloroquina!", "ivermectina já!" e "cloroquina, azitromicina e zinco salvam vidas!" são algumas das palavras de ordem adotadas pelos manifestantes durante o ato. Nenhum desses medicamentos, também defendidos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), tem eficácia comprovada no tratamento da covid-19.
O UOL procurou a prefeitura de Curitiba para pedir um posicionamento oficial e aguarda retorno.
Seguindo o decreto estadual do último dia 26 de fevereiro, a capital paranaense decidiu suspender todos os serviços e atividades não essenciais até a próxima segunda-feira (8). A prefeitura também instituiu restrições à circulação de pessoas (toque de recolher) das 20h às 5h, todos os dias.
A comercialização e o consumo de bebidas alcoólicas em espaço de uso público ou coletivo, inclusive em estabelecimentos comerciais, também estão proibidos. No período de vigência do decreto, shopping centers, bares, comércios de rua, salões de beleza, academias, cinemas, teatros, casas noturnas, parques e museus devem permanecer fechados.
Aulas presenciais ficam suspensas, tanto nas escolas públicas como nas particulares. Cultos e quaisquer atividades religiosas são permitidos apenas em formato virtual e para atendimentos individualizados, mantido o distanciamento.
Curitiba confirmou hoje mais 982 casos de covid-19, além de 20 novas mortes, segundo último boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde. Doze desses óbitos aconteceram nas últimas 48 horas.
A taxa de ocupação dos leitos públicos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) está em 96%, restando apenas 17 livres. Hoje foram ativados mais quatro leitos exclusivos para pacientes de covid-19 na cidade — dois no Hospital Victor Ferreira e dois na UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) Tatuquara.
Ao todo, a capital paranaense registra 146.510 infectados e 3.020 mortes pelo coronavírus desde o início da pandemia.
(Com Estadão Conteúdo)
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