Onze cidades de SP registram transmissão de novas variantes do coronavírus
Onze cidades do estado de São Paulo já apresentam transmissão comunitária das cepas de Manaus e do Reino Unido, o que significa que os casos não são mais importados. De acordo com o governo estadual, foram feitos 44 diagnósticos de novas variantes.
"São cepas que estão circulando na nossa população, por isso a velocidade de contaminação de uma pessoa para a outra", afirmou Jean Gorinchteyn, secretário estadual de Saúde, lembrando o pior momento da pandemia que o estado vive atualmente, com uma média de três pacientes com covid-19 internados a cada dois minutos.
O balanço apresentado pelo secretário da gestão do governador João Doria (PSDB) evidencia que a transmissão, principalmente da P.1, a variante de Manaus, considerada uma das responsáveis pelo aumento dos casos que causou o colapso do sistema de saúde em cidades do interior.
A maior parte das cepas identificadas vem justamente das primeiras cidades a terem problemas com a ocupação máxima de leitos: Jaú e Araraquara. As variantes se originam em mutações do vírus, que são favorecidas quando a circulação do coronavírus é mais intensa em determinada região.
Novas cepas identificadas no estado
Variante de Manaus
- 12 casos em Araraquara
- 10 em Jaú
- 4 em Lençóis Paulistas
- 3 em Lins
- 3 em Bauru
- 2 em São José dos Campos
- 1 em São Paulo
- 1 em Pederneiras
- 1 em Dois Córregos
- 1 em Bocaina
Variante do Reino Unido
- 5 em São Paulo
- 1 em Guarulhos
Variantes preocupam
Além da possibilidade de maior transmissão e piora da pandemia, que levou São Paulo a ter apenas atividades essenciais em funcionamento a partir da meia-noite de hoje, as novas variantes do coronavírus também preocupam porque podem fugir à imunidade concedida pelas vacinas contra a covid-19.
No início da semana, Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, disse que o Instituto Butantan está avaliando a eficácia da CoronaVac contra a cepa de Manaus, responsável por causar um colapso no sistema de saúde do Amazonas no início do ano.
"O Butantan está concluindo análises sobre eficácia contra a variante de Manaus. Há eficácia, em testes na China, contra variantes do Reino Unido. Esperamos ter resultados até o final dessa semana para a variante de Manaus. Estamos otimistas porque a CoronaVac é feita por vírus inativado, não é feita por proteína específica", afirmou Menezes na última segunda-feira (1).
Outro perigo causado pela circulação de novas variantes é a combinação delas e o surgimento de novas mutações. Recentemente, cientistas brasileiros diagnosticaram casos de pessoas com coinfecções, ou seja, contaminadas por cepas diferentes do coronavírus ao mesmo tempo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.