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Governador do PI elogia Queiroga e revela meta de vacinação: 70% até julho

Wellington Dias (PT) liderou compra de 37 milhões de doses da vacina Sputnik V - José Itamar/Futura Press/Estadão Conteúdo
Wellington Dias (PT) liderou compra de 37 milhões de doses da vacina Sputnik V Imagem: José Itamar/Futura Press/Estadão Conteúdo

Colaboração para o UOL

16/03/2021 09h55Atualizada em 16/03/2021 14h18

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), está satisfeito com a nomeação de Marcelo Queiroga para ser o novo ministro da Saúde. Ele disse que teve uma boa impressão das primeiras ideias apresentadas pelo médico cardiologista e explicou que há uma meta de vacinar cerca de 70% da população brasileira até julho.

"O novo ministro tem que acelerar na vacinação. A meta é chegar em julho com algo em torno de 70 a 75% da população vacinada. Queremos isso do ministro. E não vamos só cobrar. Vamos apoiar. Que ele venha participar desse pacto pela vida. Vamos colocar todas coisas de lado e caminhar na mesma direção", pediu Wellington Dias em entrevista na CNN Brasil.

De acordo com o governador, que lidera o Consórcio Nordeste em busca de vacinas por covid-19, afirmou que Queiroga "sabe o que é certo" para combater a pandemia.

"O Ministério da Saúde tem uma equipe técnica da melhor competência. São pessoas que sabem o que tem que fazer. Imagino o sofrimento dessas pessoas vendo 2 mil pessoas morrerem por dia. Está errado, mas eles sabem o que é certo. O novo ministro também sabe o que é certo. Esperamos que ele tenha força e apoio. E nós vamos estar juntos", destacou o governador do Piauí.

De acordo com Wellington, o ex-ministro Eduardo Pazuello também sabia o que era certo fazer, mas não tinha apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para todas medidas.

O novo ministro já descartou que usará o lockdown como política de governo. Wellington Dias concordou com isso, mas defende as medidas de restrição anunciadas por cidades e estados.

"Não interessa a ninguém ter lockdown como política de governo. Mas há necessidade de coordenação nacional, como todos países fizeram. Há coisas que municípios e estados têm que fazer no SUS, mas há outras que são competência do presidente e da equipe. Que ele (Marcelo Queiroga) tenha apoio do presidente para que a gente tenha um fôlego. As medidas de restrição são para amenizar a situação e depois avançar no que resolve, que são as vacinas", explicou Wellington Dias.

O Consórcio Nordeste, liderado pelo governador do Piauí, anunciou que comprou 37 milhões de doses da vacina Sputnik V, da Rússia. É um imunizante que não tem aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas o laboratório Gamaleya está providenciando a autorização para uso emergencial.

"A Sputnik entregou documentos, mas ainda está incompleto. Eles estão, desde ontem, preparando a documentação que falta. E dando entrada, são 7 dias úteis para ter a autorização", relatou Wellington Dias.

As doses só chegarão a partir do próximo mês. Serão 2 milhões em abril; 5 milhões em maio; 10 milhões em junho; e 20 milhões em julho. Todas chegarão prontas para uso.

Presidente do Cidadania pede CPI da Pandemia

O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, divulgou nota oficial hoje cobrando a instalação da CPI da Pandemia para apurar não apenas as responsabilidades do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, mas também do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no combate à pandemia.

"Se o ministro da Saúde, como ele diz, apenas executa a política de governo - essa mesma política que tornou o Brasil o epicentro mundial da Covid -, então é preciso mudar o governo. E isso começa pela instalação da CPI da Pandemia".

Antes de se reunir com o ex-ministro Pazuello, Queiroga disse que a política é do governo Bolsonaro e que o ministro da Saúde apenas "executa".

Na nota, Freire diz ainda que "Pazuello precisa responder por ter deixado o Brasil sem vacinas, Manaus sem oxigênio e a doença sem controle. Bolsonaro precisa responder pelo patrocínio a essa política de morte cujos únicos beneficiários são alegres fabricantes de cloroquina e ivermectina e alguns financiadores de campanha".

Do contrário, "o legado do novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, serão outros 260 mil brasileiros mortos pela covid".