Estado de São Paulo tem mais de 25 mil pacientes internados por covid-19
O estado de São Paulo chegou hoje ao maior número de pacientes internados pela covid-19 em toda a pandemia — 25.880, sendo 11.109 em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e 14.771 em enfermarias.
É a primeira vez que o número de pessoas em terapia intensiva ultrapassa a marca de 11 mil, fruto dos sucessivos aumentos nesta e na última semana. Agora, as taxas de ocupação dos leitos de UTI no estado e na Grande São Paulo estão em 90,3% e 90,6%, respectivamente.
Depois do recorde de mortes registrado ontem, São Paulo confirmou mais 617 mortos pelo coronavírus, totalizando 65.519 vítimas desde o início da pandemia. Já o número de infectados foi a 2.243.868, com 17.942 novos registros nas últimas 24 horas.
Nesta semana, entrou em vigor a "Fase Emergencial" do Plano São Paulo, com medidas mais duras de restrição, que se estendem até o próximo dia 30. O objetivo, segundo o governo, é garantir a assistência à população e conter a sobrecarga em hospitais de todo o estado, além de frear o aumento de novos casos, internações e mortes pela covid-19.
Com o recrudescimento da pandemia, o governo de São Paulo reforça a importância do respeito ao Plano São Paulo e às medidas de distanciamento pessoal, uso de máscaras e higiene das mãos. É fundamental neste momento que a população fique em casa.
Governo de São Paulo, em nota
"Momento dramático"
Edson Aparecido, secretário municipal de Saúde da capital paulista, definiu o momento atual como "o mais dramático da pandemia". Em entrevista à CNN Brasil, ele alertou para o rápido aumento na demanda por alguns insumos — como cilindros de oxigênio, por exemplo — e reforçou o apelo para que a população colabore e fique em casa.
Ele ainda afirmou que o perfil do paciente mudou: antes, os idosos eram a maioria dos internados graves; agora, o vírus está atingindo mais os chamados "jovens adultos", pessoas com idades entre 20 e 45 anos.
"Para vocês terem uma ideia da dificuldade que o município tem hoje na questão do oxigênio: as empresas não conseguem mais... Embora tenham estoque, não têm mais logística para entregar oxigênio. Uma UPA [Unidade de Pronto-Atendimento] nossa que era abastecida com oxigênio uma vez por semana, [agora] nós estamos abastecendo três vezes por dia e não se dá conta", relatou.
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